Efanor lança OPA sobre Sonae Indústria e Sonae Capital
Holding admite ainda retirar as duas sociedade, que controla, de bolsa.
A sociedade Efanor, holding liderada pela família Azevedo, lançou uma “oferta pública geral e voluntária de aquisição de acções representativas do capital social” da Sonae Indústria e Sonae Capital, de acordo com dois comunicados enviados esta sexta-feira ao mercado.
No caso da Sonae Indústria, a Efanor, maior accionista do grupo Sonae (dono do PÚBLICO) detém, directamente ou por outras vias, direitos de voto “inerentes a 31.150.266 acções representativas de cerca de 68,608% do capital social e direitos de voto”.
A contrapartida oferecida pela Efanor é de 1,14 euros por acção e incorpora “um prémio de 68,4%” em relação ao preço médio ponderado das acções nos seis meses imediatamente antes de 30 de Julho deste ano, de 0,667 euros, segundo o comunicado. Em relação ao preço de fecho desta sexta-feira, o prémio é de 77%, adiantou a sociedade.
A eficácia da oferta “ficará subordinada a que a oferente [Efanor] passe a deter, em consequência de oferta pública de aquisição, mais de 90% dos direitos de voto” da Sonae Indústria, segundo a mesma nota.
A Efanor admite ainda retirar a Sonae Indústria da bolsa.
No que diz respeito à Sonae Capital, a Efanor detém 157.004.263 acções, representativas de cerca de 62,8% do capital social e 63,7% dos direitos de voto, oferecendo uma contrapartida de 0,7 euros por acção, um valor que implica um prémio de 29,4% face à média dos últimos seis meses e 46,8% em relação ao preço dos títulos no dia de hoje.
As condições para o sucesso e a possibilidade de a Sonae Capital perder, ela também, o estatuto de sociedade aberta (saída de bolsa) são semelhantes às da Sonae Indústria.
A Sonae Indústria tem 31,39% do seu capital em ‘free float’ (disperso em bolsa), um valor que na Capital é de 28,69%. Neste último caso, além do ‘free float’, 8,51% das acções são detidas por accionistas com participações qualificadas, ou seja, mais de 2%, incluindo a Quaero Capital, S.A. (5,04%) e o Norges Bank (2,19%), de acordo com informação nos ‘sites’ das empresas.