Vendas no comércio a retalho caem 6,6% em Junho

No segundo trimestre de 2020, as vendas no comércio a retalho caíram 13,6% em termos homólogos, contra um aumento de 2,2% no primeiro trimestre. Os índices de produtos alimentares e de não alimentares recuaram 1,8% e 22,6%, respectivamente.

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Paulo Pimenta

As vendas no comércio a retalho passaram de uma queda de homóloga de 11,9% em Maio, para um recuo de 6,6% em Junho, revelou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O índice de volume de negócios no comércio a retalho diminuiu 6,6% em Junho, em termos homólogos, menos 5,3 pontos percentuais (p.p.) na comparação com o mês de Maio, assinala o INE, o que é justificado pelo comportamento mais positivo do índice de produtos não alimentares.

Dos grandes agrupamentos que compõem o índice de volume de negócios no comércio a retalho, o dos produtos não alimentares teve uma redução homóloga de 9,9%, que compara com uma queda de 22,4% no mês de Maio.

No agrupamento dos produtos alimentares, o índice registou uma queda de 2,3% em Junho, contra um aumento de 1,6% no mês anterior.

O INE refere ainda que, em termos mensais, o índice agregado registou um crescimento de 4,4%, que compara com uma subida de 14,7% no mês precedente.

Já em termos nominais, o volume de negócios no comércio a retalho aumentou 6,2 pontos percentuais, em termos homólogos, face aos mês de Maio, situando-se em -9%. Os agrupamentos de produtos alimentares e de produtos não alimentares registaram uma queda homóloga de 2% e 14,4%, respectivamente (variação nula e de -27,3% em Maio, pela mesma ordem), segundo o INE.

Na análise trimestral, as vendas no comércio a retalho caíram 13,6% em termos homólogos, contra um aumento de 2,2% no trimestre anterior, sendo que os índices dos agrupamentos de produtos alimentares e de não alimentares recuaram 1,8% e 22,6%, respectivamente, taxas inferiores em nove p.p e 21 p.p. às observadas no mês anterior.

Os índices de emprego e remunerações apresentaram, ambos, quedas homólogas de 3,2% e o índice de horas trabalhadas diminuiu 10,7% (-3,5%, -4,0% e -22,1% em Maio, pela mesma ordem).