Vestida de amarelo e trancada numa gaiola gigante à frente do tribunal londrino de Old Bailey, Reino Unido, a designer Vivienne Westwood encenou, esta terça-feira, um protesto de apoio ao fundador do WikiLeaks Julian Assange que está a lutar contra a extradição do país para os Estados Unidos.
“Eu sou Julian Assange”, disse a criadora de moda, acrescentando: “Eu sou o canário na gaiola. Se eu morrer na mina de carvão devido ao gás venenoso, esse ‘é o sinal'”. “Libertem Assange”, gritou.
Vivienne Westwood’s just been winched into the air in a giant cage outside the Old Bailey. She’s protesting against Julien Assange’s extradition hearings, which start up again in Sept.
— Rachael Venables (@rachaelvenables) July 21, 2020
“I am Julien Assange. I am the canary in the cage!” @LBC pic.twitter.com/uS1OjZGSJj
Assange é procurado pelas autoridades norte-americanas para ser julgado por 18 delitos, incluindo conspiração para piratear computadores governamentais e espionagem. No ano passado, os Estados Unidos iniciaram o processo de extradição depois de Assange ter sido detectado na embaixada do Equador em Londres, onde esteve escondido durante quase sete anos.
Assange fez manchetes internacionais no início de 2010, quando o WikiLeaks publicou um vídeo militar confidencial dos EUA mostrando um ataque de 2007 por helicópteros Apache em Bagdad, no Iraque, que matou uma dúzia de pessoas, incluindo dois jornalistas da Reuters.
Para alguns, Assange é um herói por expor o que os apoiantes lançaram como abuso de poder pelos Estados modernos e por defender a liberdade de expressão. Mas, para outros, é um rebelde perigoso que tem minado a segurança dos EUA.