Municípios do Ave lançam concurso para transporte público de passageiros
A Comunidade intermunicipal do Ave pretende que o operador que venha a ganhar o concurso público garanta mais linhas, novos horários e maior qualidade na frota.
A Comunidade Intermunicipal do Ave lançou esta sexta-feira o concurso para a concessão do Serviço Público de Transporte Rodoviário de Passageiros, no valor de 1,84 milhões de euros, que vigorará por cinco anos, de acordo com o Diário da República.
“Aquilo que se pretende com esta concessão é garantir o transporte público para toda a população”, disse hoje à Lusa a secretária intermunicipal, Marta Coutada.
Aquela responsável assinalou ter sido a primeira vez que as comunidades intermunicipais, que se constituíram como autoridades de transportes, foram chamadas a promover este tipo de concursos, o que obrigou, no caso do Ave, a “um trabalho muito complexo e moroso”, iniciado em 2018, para definir as várias peças concursais.
Assinalou, também, o desafio que representou a preparação desta concessão num território formado por concelhos com diferentes características, desde os mais urbanos, como Guimarães, Famalicão e Vizela, aos de baixa densidade, como Mondim de Basto e Cabeceiras de Basto.
Segundo Marta Couta, a CIM do Ave pretende, em termos gerais, que o operador que venha a ganhar o concurso público garanta mais linhas, novos horários, maior qualidade nas frotas e um sistema de bilheteira articulado com as linhas inter-regionais.
Para os territórios da baixa densidade, onde não se justificam linhas regulares, está prevista a existência do denominado transporte a pedido, ou transporte flexível, para satisfazer as necessidades das populações, anotou. Já os transportes escolares, que são garantidos pelos municípios, não estão incluídos neste concurso, indicou.
A CIM do Ave compreende os municípios de Guimarães, Famalicão, Vizela, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Mondim de Basto, correspondendo a cerca de 425 mil habitantes.
De acordo com o anúncio publicado em Diário da República, os interessados têm agora 70 dias para apresentar as suas propostas.