O ecofeminismo pode ser a “luta do futuro”, mas “não vamos lá com palhinhas de bambu”

Há quase 50 anos que o ecofeminismo é defendido por activistas e investigadoras, mas foi a emergência da crise climática que levou a um novo despertar para esta corrente. Pode ser a “luta do futuro” — só que ainda precisa de um “grande debate”. E tudo começa com “trabalho de formiguinha”.

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Manifestação na praça dos Poveiros, Porto, no Dia internacional da Mulher, um protesto pela igualdade de direitos convocado pela Rede 8 de Março Nelson Garrido

Maria Mesquita não sai de casa sem um livro. Na sua mala tanto viajam as obras ressonantes da histórica activista Angela Davis como as investigações emergentes de sociólogas como Ariel Salleh. Desde pequena que olha para a destruição ambiental e para os problemas de género como “temas urgentes” e é na leitura que procura entender “os porquês”. “Para mim, os problemas existiam isoladamente. Foi a ler que percebi como o feminismo funciona, como se relaciona com a ecologia e que até há uma palavra para essa união, o ecofeminismo”, diz Maria, de 17 anos.

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