Empresário Catió Baldé confirma acusação de corrupção mas iliba Benfica
Guineense terá feito pagamento de 20 mil euros para comprar vistos a jogadores que fariam provas no clube da Luz. Empresário admite ter “agilizado o processo burocrático”.
O empresário de jogadores de futebol Catió Baldé está acusado de corrupção activa pelo Ministério Público, pela suspeita de ter comprado vistos para que jovens guineenses viajassem para Portugal e prestassem provas no Benfica.
A notícia foi avançada pela edição da Sábado desta semana. Em causa está um pagamento de 20 mil euros a um funcionário da embaixada portuguesa em Bissau. De acordo com a acusação do Ministério Público citada pela revista, o empresário de futebol terá sido uma de dezenas de pessoas que utilizaram esta estratégia. A Sábado diz ainda que Catió Baldé esteve também envolvido na Operação Visa Branco, investigação em que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) desmantelou uma rede de imigração ilegal liderada por um funcionário da embaixada em Bissau.
O empresário guineense admitiu, em comunicado enviado às redacções, que foi notificado da acusação e que pediu “ajuda na solicitação do processo burocrático”, explicando que foi “apanhado marginalmente” neste processo. Catió Baldé deixa claro, nos cinco pontos que compõem o comunicado, que o clube da Luz não deve ser envolvido nesta questão.
“O Benfica não tem nada a ver com o pedido da agilização do processo. Assumo toda a responsabilidade do acto. Aliás, é costume e habitual estes tipos de pedido. Visto que o processo da concessão do visto é moroso. Responsabilizar o Benfica revela má-fé”, escreve o empresário.
Catió Baldé é agente de Úmaro Embaló, avançado de 19 anos que representa a equipa B das “águias”. Também Bruma, ex-Sporting e actualmente jogador nos holandeses do PSV Eindhoven, é agenciado pelo empresário.