Gonçalo Byrne vence eleições para a Ordem dos Arquitectos
A lista encabeçada pelo arquitecto que se candidatou com o lema “Isto só lá vai com todos” elegeu nove delegados em 21, naquela que foi a primeira eleição após a descentralização da Ordem em sete órgãos regionais.
Gonçalo Byrne tornou-se esta sexta-feira o novo presidente da Ordem dos Arquitectos, com a lista C, que liderou, a conseguir eleger nove delegados, contra seis da Lista B, de Cláudia Costa Santos, cinco da lista A, de Daniel Fortuna do Couto, vice-presidente do conselho directivo nacional no mandato cessante, e um da lista D, de Célia Gomes.
O escrutínio é ainda formalmente provisório – os resultados definitivos deverão ser conhecidos até 8 de Julho –, mas os dados disponíveis indicam que a lista de Byrne recebeu 2680 votos em 6767, quase 40%, numa eleição que registou um significativo aumento de votantes.
Esta foi também a primeira eleição após a descentralização da Ordem em sete órgãos regionais, com o Centro, o Alentejo, o Algarve, os Açores e a Madeira a somarem-se agora às únicas duas estruturas que já existiam: a de Lisboa e Vale do Tejo e a do Norte.
A lista encabeçada por Gonçalo Byrne, que se apresentou com o lema “Isto só lá vai com todos”, ganhou em Lisboa, no Norte, no Centro e nos Açores, tendo apenas perdido no Alentejo e no Algarve para a lista A de Daniel Fortuna do Couto, e na Madeira para a lista B, de Cláudia Costa Santos, que presidiu ao conselho directivo regional do Norte no mandato que agora termina.
O facto de as listas A e B serem lideradas por arquitectos que vêm da direcção anterior leva Gonçalo Byrne a destacar o facto de a candidatura que liderou ter conseguido, em apenas “dois meses e meio”, vencer rivais que “já estavam em campo há muito tempo”. Um resultado que atribui a “um grupo que cresceu de uma maneira incrível e que está extremamente motivado para assumir responsabilidades neste mandato”.
Mas o que o novo presidente da Ordem, reconhecidamente um dos mais prestigiados arquitectos portugueses, quis sublinhar nestas suas declarações ao PÚBLICO após a divulgação dos resultados, foi que a sua direcção “acolherá todos por igual, independentemente das listas onde estavam” e que, “neste momento particularmente difícil da pandemia, saberá fazer jus ao lema ‘Isto só lá vai com todos'”. E prosseguiu: “Faço aqui um apelo à unidade de todos os arquitectos, inclusivamente dos que não estão inscritos na Ordem, porque há muitos arquitectos que têm estado afastados e a Ordem precisa deles.”