Agressão a adepto do Sporting motiva buscas domiciliárias e detenções de membros dos No Name Boys
Em causa estão roubos, ofensas à integridade física qualificadas, danos e homicídio na forma tentada, crimes que aconteceram na região da Grande Lisboa.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) está desenvolver uma operação policial em vários locais da zona metropolitana de Lisboa relacionada com elementos da claque desportiva No Name Boys.
Em comunicado, a PSP avança que, ao longo de cerca de um ano, foram investigados vários crimes, entre estes, “roubos, ofensas à integridade física qualificadas, danos e homicídio na forma tentada, praticados por um grupo de indivíduos pertencentes à claque No Name Boys”.
“Decorrem neste momento várias diligências processuais e investigatórias, nomeadamente, buscas domiciliárias e não domiciliárias, bem como o cumprimento de vários Mandados de Detenção fora de Flagrante Delito, emitidos por Autoridade Judiciária”, lê-se no comunicado.
A PSP afirma ainda que serão dadas mais informações sobre a Operação Sem Rosto “assim que for oportuno”. Fonte do Cometlis adiantou à agência Lusa que a operação está relacionada com a agressão, em Maio, a um homem alegadamente pertencente à Juventude Leonina, por parte de um grupo de mais de 30 indivíduos com camisolas dos No Name Boys.
No final de Maio, um adepto do Sporting foi agredido por um grupo de 30 a 40 indivíduos de cara tapada e com camisolas desta claque. O homem agredido pertencia à Juventude Leonina, claque principal dos “leões”. As autoridades suspeitavam ainda da ligação da claque ao apedrejamento do autocarro das “águias” após o empate frente ao Tondela, jogo que marcou o regresso do Benfica à competição após a paragem provocada pela pandemia.
Os No Name Boys foram criados há 28 anos, resultando de uma cisão na então principal claque “encarnada”, os Diabos Vermelhos. Apesar de, nos primeiros anos do grupo de adeptos, ser conhecida a direcção da claque, há vários anos que não são conhecidos líderes a este grupo, que não está legalizado junto das entidades desportivas competentes.
O Benfica não reconhece a existência de claques, com Luís Filipe Vieira, presidente do clube, a dizer no passado que as pessoas que ocupam a bancada dos No Name Boys são todas sócios do clube que se juntam para assistir às partidas. O Benfica negou por diversas vezes que estes adeptos recebem bilhetes e apoios nas deslocações.