Os prazos para a entrega de candidaturas da terceira edição do programa Blue Bio Value terminam a 15 de Julho. O programa, lançado em 2018 em parceria com as fundações Oceano Azul e Calouste Gulbenkian, promove a aceleração e incubação de pequenas e médias empresas e startups ligadas à bioeconomia azul ou com investigação nessa área.
Os criadores dos projectos seleccionados terão acesso a formação e a uma rede de mentores, infra-estruturas e investidores. Tendo em conta a situação de pandemia, esta terceira edição será conduzida de forma remota, entre os dias 29 de Setembro e 30 de Outubro. Os candidatos seleccionados que mais se destacarem durante a fase de aceleração receberão um prémio que pode chegar aos 45 mil euros para serem investidos no desenvolvimento dos projectos.
O programa visa a procura de soluções marinhas com base biológica para o mercado global de diferentes indústrias, recorrendo a inovações científicas e biotecnológicas com o objectivo de combater desafios sociais. Esta terceira edição procura soluções no âmbito da alimentação, da saúde e do bem-estar, da mitigação e da adaptação às alterações climáticas, da escassez de recursos e da preservação da biodiversidade e dos ecossistemas naturais, do empoderamento de um modelo de crescimento circular da bioeconomia e da redução da produção de plástico e da poluição. “No caso da biotecnologia marinha, é enorme o potencial para fornecer soluções aos mais variados sectores e responder a necessidades de consumo à escala mundial, contribuindo, simultaneamente, para o desenvolvimento de um novo modelo económico mais responsável e que assegure crescimento com impacto positivo na sustentabilidade ambiental e do oceano”, afirma, em comunicado, a Fundação Oceano Azul.
O Blue Bio Value já recebeu e acelerou 28 empresas de 15 nacionalidades, sob orientação de mais de 40 mentores. Os premiados da primeira edição foram a empresa holandesa Hoekmine e as portuguesas SEAentia e Undersee. Na edição de 2019, as vencedoras do programa foram a brasileira Biosolvit, a espanhola Ficosterra e a britânica uFraction8.
Texto editado por Ana Maria Henriques