Festlip faz ligação em rede das artes da Língua Portuguesa

Programa da 12.ª edição do festival decorre integralmente online, entre esta quinta-feira e o dia 23, com espectáculos, leituras dramáticas, teatro, exibição de filmes, debates, programação infantil, uma exposição e uma mostra gourmet.

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Rui Gaudêncio

A edição deste ano do Festival Internacional das Artes da Língua Portuguesa (Festlip), que reúne artistas da lusofonia, vai acontecer a partir desta quinta-feira e decorrer até terça, em versão inédita totalmente online, anunciou a organização.

Apoiado pelo Instituto Camões e pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a 12.ª edição do Festlip vai juntar artistas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste para espectáculos, leituras dramáticas, teatro, exibição de filmes, debates, programação infantil, exposição e mostra gourmet.

Os conteúdos artísticos serão transmitidos gratuitamente, ao vivo, pela internet, através dos canais digitais do FESTLIP On: facebook.com/festlip e youtube.com/festlip.

Da programação deste ano fazem parte os cantores, compositores e instrumentistas Paulo Matomina e Abel Dueré, de Angola; a cantora brasileira radicada em Portugal Luanda Cozetti e seu grupo, Couple Coffee, o DJ Mam, do Brasil; o cantor e músico John D'Brava, de Cabo Verde; a cantora Iragrett Tavares, de Guiné-Bissau; o cantor, compositor e baterista Otis Selimane, de Moçambique; o cantor, compositor e multi-instrumentista Yami, de Portugal; e o cantor, compositor e guitarrista Tonecas Prazeres, de São Tomé e Príncipe.

O programa Som da Língua está previsto para esta quinta-feira e sábado, com três artistas por dia, em apresentações de 15 minutos cada, e, ao final do dia, decorrerá um “bate-papo” entre os músicos.

Na abertura do festival, o Festlip_On apresentará o espectáculo teatral A Terceira Margem do Rio, de Guimarães Rosa, uma peça que conta com actores dos nove países de língua portuguesa e que foi dirigida pelo cenógrafo brasileiro Paulo de Moraes “de maneira inédita": os ensaios decorreram no período de um mês, através de Skype, e o espectáculo foi montado presencialmente em cinco dias, no Brasil, em 2017.

No domingo, dia 21, o director brasileiro Moacyr Góes apresenta a produção Ibsen Venusianas, com a participação da actriz brasileira Tânia Pires, do actor moçambicano Horácio Guiamba e da actriz portuguesa Susana Vitorino.

O debate A voz feminina na língua portuguesa e em nossas sociedades, que decorre dentro do FESTLIPencontros, será mediado pela pesquisadora brasileira e mestre em comunicação Maria Amélia Paiva Abrão, com as activistas Cátia Terrinca, de Portugal, Loló Arziki, de Cabo Verde, e Solange Salvaterra, de São Tomé e Príncipe, como convidadas.

No âmbito da programação de cinema (FESTLIPcine), na sexta-feira, dia 19, será apresentada a curta-metragem Beleléu, baseada no livro A Deus, de Leonardo Miranda.

As crianças também têm espaço nesta programação através do FESTLIPinho, que apresenta a curta-metragem infantil inédita Blob - O dia em que o planeta mudou, filmada especialmente para a linguagem digital durante a quarentena, com direcção de Maria Clara Wermelinger.

O FESTLIPgourmet, que ao longo das 11 edições anteriores revelou especialidades culinárias dos países lusófonos, em menus criados especialmente para o festival pelos chefs dos restaurantes parceiros, apresenta este ano “Doçuras de Portugal”.

Dois eventos estarão disponíveis em salas de vídeo das redes sociais do FESTLIP_On ao longo dos seis dias de programação. Um desses eventos é o FESTLIPexpo, uma mostra de fotografias disponibilizada pelo Instituto Camões, sob o tema O cinema português, com imagens que traçam um panorama dos mais de cem anos da cinematografia nacional, destacando a sua diversidade e os períodos de maior vitalidade. A outra iniciativa intitula-se Peripécias Poéticas, e reúne Pílulas de Poesia: vídeos com poemas de países lusófonos interpretados pela actriz Elena Iyanga, da Guiné-Equatorial.