“Porto e Norte são demasiado importantes” e merecem o “respeito” da TAP

Pedro Nuno Santos considera que só por “ignorância” se pode achar que a companhia aérea serve apenas o turismo.

Foto
LUSA/ESTELA SILVA

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, disse esta quarta-feira que o Norte e a cidade do Porto são demasiado importantes para o país para que a TAP não olhe para esta região com respeito.

O governante, que viajou hoje de comboio do Porto até à Régua, adiantou que o novo plano de retoma da actividade da companhia aérea está a ser trabalhado, tendo decorrido na quarta-feira reuniões com várias entidades, associações empresariais e autarcas, na expectativa de que “obviamente que a TAP dê resposta às necessidades nacionais”.

“A TAP é uma companhia aérea nacional, o Norte do país e cidade do Porto são demasiado importantes para o país para que a TAP não olhe para esta região com o respeito que o povo do norte do país e as empresas do Norte do país e a economia do Norte do país merecem”, defendeu.

Questionado sobre qual o montante da injecção de capital que a companhia área vai precisar, Pedro Nuno Santos escusou-se a adiantar o valor em causa, tendo referido apenas que “o nível de necessidade da TAP é grande”.

“Somos um país que temos fronteira terrestre com um único país e especialmente para Portugal, se o transporte aéreo hoje é importante para todos os países, obviamente para um que no quadro Europeu é periférico o transporte aéreo é crítico, não só para o turismo, mas também para a actividade económica industrial, nomeadamente aqui no Norte”, afirmou.

Para o governante só por “ignorância” se pode achar que a TAP serve apenas o turismo nacional, dada a importância que a companhia aérea nacional tem e “pode ter mais ainda” no apoio à economia industrial, como acontece no Porto, através do Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Acompanhado do secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, Pedro Nuno Santos fez esta quarta-feira uma viagem no comboio Miradouro, entre o Porto e a Régua, onde é feita a apresentação das primeiras carruagens Schindler que entram ao serviço da CP na Linha do Douro.