Sabor, artes e saudades no regresso à Fundação Eugénio de Almeida

A fundação eborense reabriu os seus espaços com os cuidados exigidos, uma agenda cultural recheada e brindes ao regresso dos visitantes.

Foto
Cafetaria do Páteo de São Miguel Fundação Eugénio de Almeida

Tornou a ser possível visitar o Centro de Arte e Cultura, a Cafetaria do Páteo de São Miguel, o Enoturismo e a Enoteca Cartuxa, espaços pertencentes à Fundação Eugénio de Almeida, em Évora. 

Da cafetaria voltaram, desde a passada segunda-feira, a poder estender-se as vistas que dão para a Sé de Évora e para o jardim do Paço de São Miguel. À carta junta-se um novo menu do dia, mantendo o propósito de servir a eborenses e forasteiros a “harmonia perfeita entre os vinhos da Adega Cartuxa e a gastronomia regional reinventada de forma actual”, sugere o comunicado.

A enoteca, que desde 3 de Abril funcionava exclusivamente em take-away (regime que agora cessa) ou entregas ao domicílio, está reaberta com nova ementa – sempre baseada no património gastronómico alentejano – e novas regras: em vez de 66, reserva lugar para 33 comensais devidamente distanciados. Está garantida “a higienização e desinfecção dos espaços, pelo menos seis vezes por dia”, combinada com o uso de máscaras e a atenção à renovação do ar. 

Paralelamente, mantém-se a funcionar o projecto da cozinha social que foi montado durante a pandemia (e sem prazo de fim) e de onde foram saindo uma média de 200 refeições por dia, com o objectivo de mitigar as necessidades alimentares de famílias da comunidade local em situação de vulnerabilidade. 

Enoteca Cartuxa Fundação Eugénio de Almeida
Enoteca Cartuxa Fundação Eugénio de Almeida
Enoturismo Cartuxa Fundação Eugénio de Almeida
Enoturismo Cartuxa Fundação Eugénio de Almeida
Fotogaleria
Enoteca Cartuxa Fundação Eugénio de Almeida

Também o Enoturismo Cartuxa e a sua loja regressaram à actividade, depois de mais de dois meses de encerramento, num movimento assumido como “pioneiro na reabertura na região alentejana”. A Quinta de Valbom aguarda quem queira conhecer a história do local e, sobretudo, provar o vinho que sai da sua adega, bem como azeite. São bem-vindos grupos de quatro a seis pessoas, que não partilharão nada mais do que a experiência: os utensílios são individuais e as degustações decorrem com o espaçamento recomendado pelas autoridades de saúde; a máscara é obrigatória durante o resto da visita. 

No Centro de Arte e Cultura, que voltou a receber público a 18 de Maio, o convite é para ver ou rever exposições que foram interrompidas e que voltam a estar patentes. Até 31 de Agosto, Fahrenheit, a Consagração de Babel, mostra trabalhos do artista espanhol Luis Costillo, produzidos desde 2005, com especial enfoque na produção de livros. José Ángel Torres comissaria esta exposição em que o literário se cruza com o plástico. Saudades dos Cartuxos fica até 31 de Dezembro a documentar e recordar a presença dos monges cartuxos na cidade, ao longo de quatro séculos que terminaram em 2019. Com curadoria de José Alberto Ferreira, mostra cenas da vida monástica captadas por Daniel Blaufuks, Eduardo Gageiro, Francisco Pereira Gomes, Jerónimo Heitor Coelho, José M. Rodrigues, Mark Power, Nacho Doce, Paulo Catrica e Virgílio Ferreira. 

A agenda será reforçada brevemente com a inauguração, a 6 de Junho, de Strata, uma individual da artista norte-americana Deanna Sirlin que pode ser apreciada tanto do interior como do exterior do edifício, já que é composta por um conjunto de grandes vitrais. São também anunciadas duas novas exposições, ainda sem data, mas certas para este ano: Ilhéus, de Moira Forjaz, e Do Inesgotável, de Pedro Calhau (com curadoria, respectivamente, de Paola Rolletta e Mariana Gaspar Marin).

Centro de Arte e Cultura Fundação Eugénio de Almeida
Centro de Arte e Cultura Fundação Eugénio de Almeida
Preparação da exposição de Deanna Sirlin Fundação Eugénio de Almeida
Preparação da exposição de Deanna Sirlin Fundação Eugénio de Almeida
Fotogaleria
Centro de Arte e Cultura Fundação Eugénio de Almeida

Além das exposições, o Centro de Arte e Cultura convida a participar em actividades ao ar livre nos seus jardins e espaços exteriores, sem esquecer a visita ao Jardim das Casas Pintadas. 

Quanto à programação #FundaçãoConsigo, que durante o confinamento partilhou conteúdos, debates e actividades online, não desaparece para já. Pelo contrário, “será mantida e reforçada”.

  

Sugerir correcção