Escolas. Fenprof defende que “não é tarde” para fazer testes à covid-19

A federação diz que há dois casos de membros da comunidade escolar cujo teste deu positivo: um em Vila Real e outro em Linda-a-Velha.

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As aulas presenciais dos 11.º e 12.º anos regressaram no dia 18 de Maio JOSÉ COELHO/Lusa

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) reafirmou, esta quarta-feira, a necessidade de realizar testes de diagnóstico da covid-19 a toda a comunidade escolar que regressou às escolas esta semana. A Fenprof defende que “não é tarde para realizar o rastreio”.

A organização sindical critica o Governo que, “apesar da insistência da Fenprof”, não realizou testes a todos os que regressaram às escolas na segunda-feira. “Imprudentemente, o Governo decidiu não o fazer”, considera.

A federação liderada por Mário Nogueira refere, em comunicado, dois casos de membros da comunidade escolar cujo teste deu positivo: um em Vila Real e outro em Linda-a-Velha, concelho de Oeiras. A Câmara de Vila Real testou todos os trabalhadores docentes e não docentes. A pessoa cujo teste à covid-19 deu positivo não chegou a apresentar-se ao serviço, segundo a Fenprof.

Já quanto a uma trabalhadora não docente da Escola Secundária Amélia Rey Colaço, em Linda-a-Velha, a Fenprof refere que esteve na escola até saber que o teste que fez deu positivo. No entanto, num esclarecimento enviado ao PÚBLICO, o Ministério da Educação afirma que, “de acordo com as informações da direcção da escola, a funcionária não esteve ao serviço no retomar das aulas presenciais e todas as normas de saúde e de segurança foram devidamente seguidas”.

“Veremos se a estratégia de ir sabendo a ‘conta-gotas’ será a que mais contribui para a confiança das pessoas e para garantir a segurança sanitária de todos”, lê-se ainda no comunicado da Fenprof. A estrutura sindical espera que não aconteça uma “situação idêntica” à verificada em França, em que a não-realização de testes “já levou ao encerramento, de novo, de 70 escolas”.

Para o Secretariado Nacional da Fenprof, “não é tarde para realizar o rastreio”. “Ele continua a ser indispensável para permitir identificar, de imediato, eventuais casos positivos, em vez de se aguardar que surjam, já com sintomas, dentro da comunidade escolar, daí podendo ser transmitidos para as famílias e para a sociedade”, conclui.

A Fenprof lançou uma petição a exigir que todos os elementos da comunidade escolar fossem sujeitos a testes de despistagem da covid-19 antes do regresso à escola, que ocorreu no dia 18 de Maio. Os trabalhadores das creches e jardins-de-infância que reabriram no mesmo dia foram testados.

Notícia actualizada às 18h51 com esclarecimento do Ministério da Educação

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