Trabalhadores da Câmara do Porto vão fazer testes serológicos

Medida aplica-se a mais de 1500 trabalhadores que estiveram “na primeira linha de combate à covid-19”. Os dados vão servir de base a um estudo epidemiológico e podem ser um “ponto de partida para avaliar a presença de anti-corpos na população do concelho do Porto”

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Testes são feitos em parceria com o o i3S- Instituto de Investigação e Inovação em Saúde Rui Gaudêncio

Mais de 1500 funcionários da Câmara do Porto vão realizar, a partir de segunda-feira, “testes serológicos para avaliar a presença de anticorpos ao vírus SARS-CoV-2”. A medida destina-se a “trabalhadores do município e empresas municipais” que tenham estado “na linha da frente no contexto actual de pandemia”, esclarece a autarquia em comunicado.

Os testes, feitos em parceria com o i3S- Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (através do Ipatimup Diagnósticos), vão decorrer no parque de estacionamento desta instituição e serão feitos em modelo drive-thru. Os ensaios foram feitos esta manhã de sexta-feira com testes feitos a Rui Moreira e aos seus vereadores.

Em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, será também feito um “estudo epidemiológico nesta população”. A recolha de dados será feita “através de um inquérito de rápido preenchimento (cerca de dois minutos), que integra dados demográficos, profissionais e clínicos através da análise à imunidade à covid-19”, continua o comunicado.

“Este procedimento, que permitirá conhecer algumas características epidemiológicas desta pandemia na cidade, é efectuado no estrito cumprimento Regulamento Geral de Protecção de Dados, e segue os mais elevados padrões éticos reconhecidos pela comunidade científica.” Mediante os resultados, será avaliada a necessidade de adoptar mais medidas no desenvolvimento das actividades municipais ou “

Depois dos testes em lares de idosos e de pessoas com deficiência, medidas que Rui Moreira diz terem contribuído para um “combate atempado e prudente à pandemia”, os testes serológicos permitirão "afinar iniciativas e procedimentos” num cenário de “desconfinamento no universo municipal”, afirma Rui Moreira. 

“Com esta amostra pretende-se estabelecer um ponto de partida para avaliar a presença de anti-corpos na população do concelho do Porto, o que permitirá aferir, de forma alargada, qual a proporção de pessoas no distrito que eventualmente tiveram contacto com o vírus e assim estimar a resposta imunológica e a dispersão do vírus na região”, explica Claudio Sunkel, director do i3S, citado no comunicado da Câmara do Porto.

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