Shaquille O´Neal defende cancelamento da NBA
O antigo jogador dos Los Angeles Lakers e agora comentador de televisão diz que um vencedor da prova não seria respeitado.
A actual época da NBA, interrompida em meados de Março devido à covid-19, deve ser dada como terminada, defende Shaquille O"Neal, antiga estrela da competição.
“Acho que devemos desistir da temporada. Todos devem ir para casa, ficar em forma e voltar para a próxima época. Vamos cancelá-la, é fácil”, apelou o antigo jogador dos Los Angeles Lakers e agora comentador de televisão, em entrevista ao USA Today.
O quádruplo campeão da NBA, três pelos Lakers (2000, 2001 e 2002) e uma pelos Miami Heat (2006), acredita que, se a competição for retomada, a equipa que ficar em primeiro não poderá ser considerada “campeã por inteiro”.
“Tentar retomar a temporada despachando rápido os “play-off"? Seja qual for a equipa a vencer o título, haverá um asterisco ao lado do nome, mas não terá o respeito que costumamos dar a um campeão”, justificou o atleta, que iniciou a carreira nos Orlando Magic.
O ex-basquetebolista, que passou ainda por Phoenix Suns e Cleveland Cavaliers antes de terminar a carreira em 2011 nos Boston Celtis, questiona-se o que aconteceria se uma equipa que em Março não estivesse nos candidatos ao título e, subitamente, começasse a ganhar na nova fórmula de “play-off”.
“Ninguém a respeitará. Novamente, é preciso cancelar a época e preocuparmo-nos com a saúde dos espectadores e jogadores antes de voltar na próxima temporada”, concluiu.
A NBA, que suspendeu sua temporada em 11 de Março após o teste positivo do francês Rudy Gobert (Utah), estuda há semanas a possibilidade reatar a prova à porta fechada, juntando todas as equipas na mesma área confinada, que poderia ser Las Vegas e/ou a Disney World, em Orlando.
“Seria mais seguro estar no mesmo lugar, ou em dois lugares, para começar”, justificou Adam Silver, o responsável máximo da NBA, em comunicação aos jogadores através de videoconferência.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (79.528) e mais casos de infecção confirmados (mais de 1,3 milhões) no mundo.