Paris-Amesterdão por terra em 90 minutos? Defensores do Hyperloop dizem que a Europa tem muito a ganhar

Estudo holandês conclui que uma rede Hyperloop na Europa reduziria significativamente o tempo de deslocamento entre cidades, fortalecendo a economia.

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Num momento em que o planeta parece ter sido colocado em pausa, há um outro cenário de ficção científica cujos esboços começam a surgir aqui e ali. Há dias, a startup holandesa Hardt Hyperloop anunciou os resultados de um estudo realizado em colaboração com a província da Holanda do Norte para concluir que uma rede Hyperloop em toda a Europa reduziria significativamente o tempo de deslocamento entre cidades, esbatendo fronteiras e oferecendo “benefícios económicos notáveis”.

Não é um avião, nem um comboio. É uma espécie de híbrido que permitirá viajar a velocidades superiores a 800 quilómetros por hora. É pelo menos este o sonho de Elon Musk, o multimilionário que desde 2012 sintonizou a Tesla e a SpaceX com o mesmo fim, a invenção de um meio de transporte elegante, semelhante a um casulo (ou a um quarto num hotel cápsula japonês), impulsionado através de um tubo de aço de baixa pressão.

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Supostamente mais sustentável do que a aviação e mais rápido que os comboios de alta velocidade, os defensores do Hyperloop dizem que é o futuro das viagens continentais e até inter-continentais.

Desta feita, o estudo da Hardt Hyperloop mostra como seria possível transportar passageiros de Amsterdão para Paris em menos de 90 minutos — menos de metade do tempo que actualmente leva de comboio e aproximadamente o mesmo que demoramos num voo directo —, algo que “melhoraria as viagens de negócios” e “fortaleceria a economia”, como revelou a CNN.

Segundo o mesmo relatório, numa hora, o Hyperloop pode transportar 200 mil passageiros. De Amesterdão a Bruxelas, por exemplo, calcula-se que a viagem demoraria menos de uma hora. 

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Esta investigação marca a próxima etapa no plano da Hardt Hyperloop, após a abertura de uma instalação de teste em Junho do ano passado, altura em que o CEO e fundador da empresa, Tim Houter, diz que a rede futurista forneceria uma “alternativa para os poluentes voos de curta distância”.

Ainda faltará muito até que o plano salte do papel e da ficção científica para a realidade. Existem sobretudo muitas dúvidas relativamente à segurança do projecto e do investimento que a sua implementação significaria.

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