Governo vai distribuir 10 milhões de máscaras cirúrgicas pelas diferentes regiões do país

Em comunicado, Ministério da Saúde explica para onde estão a ir os ventiladores e quantas máscaras vai distribuir em cada região. A 12 de Abril irão ser entregues na Reserva Estratégica cerca de 900.000 testes.

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Mário Cruz/Lusa

O Ministério da Saúde emitiu nesta sexta-feira à noite um comunicado onde dá conta do destino de algumas aquisições e investimentos que tem feito “para dotar os hospitais do SNS de meios necessários para fazer frente ao novo coronavírus”. Desde logo, ventiladores e máscaras.

A nota refere que há “cerca de 10.000.000 de máscaras cirúrgicas, com distribuição prevista de 5.000.000 para a Região Norte, 1.600.000 para a Região Centro, 3.200.000 para a Região de Lisboa e Vale do Tejo, 130.000 para a região do Alentejo e 100.000 para a Região do Algarve”.

No que respeita às máscaras FFP2, “um total de 1.885.000 máscaras serão afectas às cinco regiões, prevendo-se 1.000.000 para o Norte, 450.000 para o Centro, 350.000 para Lisboa e Vale do Tejo, 41.000 para o Alentejo e 44.000 para o Algarve”.

Sobre os ventiladores começa por explicar que a 5 de Abril, um voo da TAP fretado pelo Governo português para o transporte de material diverso de resposta à pandemia covi-19 aterrou em Lisboa, contendo 144. “De entre estes, 63 ventiladores foram adquiridos pela Administração Central do Sistema de Saúde, que procedeu à sua distribuição de acordo com os critérios técnicos definidos pela ‘Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva'”. A saber: primeiro critério, o de “distribuir o material de forma a permitir a activação do máximo número de camas de nível 3 (intensivas), no respeito da lógica da Rede de Referenciação de Medicina Intensiva"; segundo critério, o de “alocar a cada serviço hospitalar equipamento que já seja conhecido e utilizado”.

A Região Norte recebeu assim 48 ventiladores: 15 para o Centro Hospitalar Universitário de S. João; 10 para o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho; cinco para a Unidade Local de Saúde de Matosinhos; cinco para o Centro Hospitalar Universitário do Porto; cinco para a Unidade Local de Saúde do Nordeste; três para o Hospital de Braga e os restantes cinco para o Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga.

Para a Região Centro foram dois ventiladores (Centro Hospitalar do Baixo Vouga) e para a Região de Lisboa e Vale do Tejo outros 12 (quatro para o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, quatro para o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca e quatro para Hospital Garcia de Orta) sendo que “um encontra-se em reparação”.

No mesmo avião, prossegue o ministério, chegaram ainda 78 ventiladores resultantes de uma doação particular, os quais foram oferecidos e distribuídos de acordo com a vontade expressa dos doadores: 15 para o Hospital Garcia de Orta; quatro para o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca; 15 para o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central; quatro para o Centro Hospital Universitário Lisboa Norte; 10 para o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental; 15 para o Hospital Beatriz Ângelo e 15 para o Hospital de Cascais Dr. José de Almeida).

900 mil testes

Os restantes três ventiladores transportados nesse voo foram adquiridos pela Câmara Municipal de Cascais “para fins decididos por esta entidade”.

A GALP ofereceu, por seu lado, 19 ventiladores que foram distribuídos da seguinte forma: Centro Hospitalar Universitário de S. João (seis); Centro Hospitalar Universitário do Porto (três); Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga (dois); Centro Hospitalar de Setúbal (dois); Centro Hospitalar Barreiro Montijo (dois); Hospital Espírito Santo (dois) e Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (dois).

“Verificou-se ainda, nesta fase de preparação, o empréstimo de 140 ventiladores da empresa Air Liquide, não invasivos”, afirma o ministério. Que acrescenta que até 19 de Abril, o Serviço Nacional de Saúde deverá receber mais 300 ventiladores. “Estes, tal como os anteriormente referidos, serão distribuídos tendo por base os mesmos critérios técnicos definidos pela ‘Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva’.”

A 12 de Abril irão ser entregues na Reserva Estratégica do Ministério da Saúde cerca de 900.000 testes, remata o ministério, “que serão de imediato distribuídos pelas diferentes Administrações Regionais de Saúde e Regiões Autónomas, de acordo com as necessidades identificadas”.

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