Onde ir depois disto tudo? Açores e Arrábida em top internacional de viajantes para o pós-pandemia
Que fazem os viajantes e turistas sem poderem passear? Sonham, claro. Os utilizadores da Jetcost puseram Portugal no topdos melhores espaços abertos da Europa para viajar depois do isolamento global.
Numa altura em que viajar é o grande interdito, o motor de pesquisa de viagens Jetcost lançou uma pergunta aos seus usuários: para onde gostariam de viajar quando passar a crise do coronavírus? No topo da lista estão as praias (35%), logo a seguir - e antes das grandes cidades europeias (18%), ou qualquer destino desde que num hotel com tudo incluído (10%) - estão os grandes espaços livres, os horizontes vastos da natureza em estado puro. E, entre estes, quais os que gostariam de visitar na Europa?, prosseguiu a Jetcost. É aqui que surgem os dois “paraísos” portugueses: os Açores e a serra da Arrábida.
O arquipélago das nove ilhas é destacado para caminhadas - tranquilas ou com doses q.b. de adrenalina. Apontam-se as 60 rotas existentes, “totalmente equipadas para caminhar com total segurança”, sublinhando-se o facto de muitas serem antigos caminhos usados pelos habitantes das ilhas durante séculos nas suas deslocações diárias e no transporte de mercadorias.
“Actualmente”, descreve a Jetcost em comunicado, “os turistas aproveitam essa sabedoria antiga para encurtar distâncias e assim poderem conhecer diferentes ângulos e detalhes das maravilhosas paisagens do arquipélago, pois quase todos os cantos de cada uma das ilhas ligam-se quer ao nível do mar quer ao da altitude”. Com três níveis de dificuldade, informam, a rede está “adaptada a diferentes idades e níveis de preparação física” - e sempre rodeada de paisagens singulares, em plena imersão na natureza.
Já no que respeita ao Parque Natural da Arrábida, entre Setúbal e Sesimbra, sublinha-se a “riqueza vegetal” como uma das suas maiores atracções. Este é, dizem, “um dos raros exemplos de maquis mediterrânicos em Portugal e a sua conservação foi uma das razões que levaram a Arrábida a ser considerada uma verdadeira relíquia científica internacional”.
Não deixa de realçar-se a localização, serra e Atlântico em união harmoniosa, com “o azul do mar a combinar com os tons claros das falésias calcárias e com o manto vegetal denso que cobre a serra” e a abrir uma série “de praias de areia fina e águas transparentes” que estão entre as mais bonitas da Europa. Por fim, refere-se ainda a serra do Risco, também parte do parque natural, “o ponto mais alto da costa continental portuguesa” e um “magnífico penhasco” que mergulha no mar quase a pique e oferece uma “vista panorâmica inesquecível do Atlântico”, desde os seus 380 metros de altura (no Píncaro).
Os dois destinos portugueses fazem parte de uma lista que viaja também pelas montanhas Dolomitas (parte dos Alpes Orientais, que o arquitecto-ícone Le Corbusier considerou “a mais bela obra arquitectónica do mundo) e pelo Parque Natural do Etna (Sicília, “ambiente evocativo quase lunar”), na Itália. Em Espanha, passa por Timanfaya (Lanzarote, “paisagem de Marte na Terra") e pelo Parque Nacional da Sierra de Guadarrama (“um refúgio de biodiversidade” a 50 quilómetros de Madrid), e na Croácia descansa nas margens dos lagos Plitvice, no parque nacional que tem o mesmo nome (16 lagos, ligados por cascatas, cores “tropicais” e vegetação exuberante).
O Parque Natural Triglav (o único na vizinha Eslovénia) também entra na lista com a sua “natureza selvagem e intacta”, assim como as “chaminés com formas impossíveis” da Capadócia (Turquia), onde “voar num balão é viajar para outro mundo”. Os “planaltos altíssimos e formações rochosas retorcidas” do Parque Nacional da Suíça Saxónica (apesar do nome, na fronteira entre Alemanha e República Checa) também estão nos radares dos usuários da Jetcost, bem como o “gelo sobre o fogo” do Parque Nacional Vatnajökull (que ocupa 14% do território da Islândia) e os 21 lagos (mais a serra mais alta de Inglaterra, a Scafell Pike) do Lake District em Cúmbria (Norte do país).