Coronavírus: Por uma quarentena cinéfila, reforços na oferta de cinema em casa

Com as salas fechadas, a Medeia Filmes disponibiliza, gratuitamente, três filmes por semana no seu site, o serviço de streaming FILMIN engrossa o catálogo com Mosquito, de João Nuno Pinto, e a série A Herdade, de Tiago Guedes, entre outros. E há mais.

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Mosquito, de João Nuno Pinto, é um dos reforços de streaming para estes dias em casa DR

As salas de cinema estão fechadas e a recomendação é que toda a gente fique em casa. A oferta de streaming pode ajudar. Esta segunda-feira, a Medeia Filmes, que explora salas como o Espaço Nimas, em Lisboa, ou o cine-estúdio do Teatro Campo Alegre, no Porto, anunciou que irá disponibilizar três filmes por semana no seu site, às terças, quintas e sábados, podendo ver-se cada filme ao longo de um dia e meio, do meio-dia à meia-noite do dia seguinte. A iniciativa, chamada Quarentena Cinéfila, arrancou esta terça com O Estado das Coisas, de Wim Wenders, seguindo-se Paris, Texas e Lisbon Story – Viagem a Lisboa, do mesmo realizador alemão.

Já a FILMIN, a plataforma de streaming, anunciou esta terça que vai reforçar a oferta do seu catálogo com a adição de Mosquito, o novo filme de João Nuno Pinto que abriu o Festival de Roterdão e cuja vida em sala foi interrompida pelo encerramento generalizado dos cinemas em Portugal, e com a versão mini-série de A Herdade, de Tiago Guedes. A estreia de Mosquito far-se-á só no dia 3 de Abril, mas A Herdade chega já esta sexta-feira. A oferta vai incluir também, nos próximos tempos, outros filmes portugueses como Entre os Dedos, de Tiago Guedes e Frederico Serra, Um Amor de Perdição, de Mário Barroso e Mistérios de Lisboa, de Raúl Ruiz, bem como a mini-série O Pequeno Quinquin, de Bruno Dumont, ou Shoplifters – Uma Família de Pequenos Ladrões, Depois da Tempestade e A Nossa Irmã Mais Nova, três filmes do japonês Hirokazu Kore-eda. No aluguer, disponibilizam também J'Accuse - O Oficial e o Espião, de Roman Polanski; o documentário nomeado este ano para um Óscar Para Sama, de Waad Al-Kateab e Edward Watts; e O Bar Luva Dourada, de Fatih Akin.

Vários realizadores portugueses têm entretanto disponibilizado gratuitamente os seus filmes, entre curtas e longas-metragens, no Facebook, em links que têm estado a ser recolhidos pelo site de cinema À pala de WalshFirst Light, de Mariana Gaivão, a O Barão e O Homem-Pykante, ambos de Edgar Pêra, passando por Água Forte, de Mónica BaptistaFade Into Nothing, de Pedro MaiaArca d'Água, de André Gil MataRegisto de Nascimento, de Matilde Calado, Pas de Confettis, de Bruno FerreiraDear Mother, de Paulo Carneiro, José, de João MonteiroOs Olhos do Farol e outras curtas de Pedro Serrazina são títulos que já circulam informalmente.

A Agência da Curta-Metragem começou também um canal de Vimeo chamado Filmes Curtos para Dias Longos, que neste momento exibe O Que Arde Cura, de João Rui Guerra da Mata, e Maria do Mar, de João Rosas.

Nos Estados Unidos, a Universal anunciou que vai disponibilizar os seus filmes para aluguer no mesmo dia em que chegam às poucas salas abertas. E já esta sexta-feira chegarão às plataformas de video-on-demand filmes que ainda estão nos cinemas, como The Hunt, de Craig Zobel, Emma, de Autumn de Wilde, ou O Homem Invisível, de Leigh Whannell.

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