Corona Party: Bar fez festa com coronavírus e a polémica já é viral
O Esplanada & Bar 75, em Vila Maior, Santa Maria da Feira, anunciou a festa com um propósito: para que “estejas preparado para uma contaminação”.
“Corona Party Sab 07 Março na Esplanada Bar 75 com o DJ Pedro Sousa, vamos oferecer máscaras à entrada para que estejas preparado para uma contaminação”.
Foi assim que o Esplanada & Bar 75, em Vila Maior, concelho de Santa Maria da Feira, promoveu a sua festa temática do último sábado. Uma festa muito especial e ambientada no mais omnipresente dos temas: o novo coronavírus, no caso utilizando o diminutivo que mais aproxima o vírus dos bares, “corona”, como a marca da cerveja.
O bar partilhou nas suas redes sociais, Instagram e Facebook, as fotos da festa, às dezenas, e a polémica não se fez esperar. Nas imagens podem ver-se centenas de clientes com máscaras, placas informativas oficiais das recomendações de como actuar com a covid-19, até um “paciente” numa maca.
Numa das imagens lê-se uma placa com as “normas de acesso ao estabelecimento”, que impõem o “uso obrigatório de máscara”.
Ao longo do Facebook e Instagram, são muitos os rostos sorridentes nos retratos típicos que estas festas costumam captar e exibir. A diferença está que neste Carnaval a máscara é sempre uma máscara de protecção hospitalar.
Isto porque o propósito, segundo adiantou o proprietário, era mesmo passar informação sobre o surto e a doença e oferecer máscaras clínicas aos clientes. Rui Guedes diz até ao jornal N, num artigo sobre a festa, que aborda já a polémica, que as máscaras “foram difíceis de arranjar face à ruptura de stocks”.
“Mas conseguimos oferecer 200 máscaras e alguma informação sobre a covid-19, presente num flyer. De forma lúdica, comercial e nada alarmista, sinto que até fizemos um trabalho altruísta e de carácter social”, diz o empresário à publicação, num artigo que o próprio bar partilhou no Facebook e em que reconhece estar ciente deque iriam ser “muito criticados” nas redes. O que se concretizou: nos posts da festa, as críticas sucedem-se.
“Nota-se alguma falta de informação na sociedade e pior do que isso, alguma ‘desinformação’. Por essa razão quisemos ser diferentes e ser parte da solução”, remata.
Esta semana, a escola secundária de Santa Maria da Feira foi encerrada, após uma aluna ter sido identificada como um possível caso de infecção. Já depois de o estabelecimento de ensino ter sido fechado, foi confirmada a infecção por covid-19 da rapariga de 17 anos, que se encontra internada no Hospital de São João, no Porto.