Cobra pitão albina de quatro metros capturada na serra algarvia

Não foi possível apurar a origem da cobra. Porém, o ICNF acredita que, sendo um animal exótico e albino, há uma “grande probabilidade que tenha sido libertada” por um cidadão.

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Caminho pedestre perto da Fonte Benémola, em Querença, Loulé Filipe Farinha/arquivo

Uma cobra pitão albina com quatro metros foi capturada esta quinta-feira na Fonte Benémola, em Querença, Loulé, após cidadãos terem alertado o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), disse à Lusa o director regional do instituto.

Segundo disse à Lusa Joaquim Castelão Rodrigues, o alerta chegou “por volta das 16h”, tendo sido enviada ao local uma patrulha de vigilantes de natureza do Parque Natural da Ria Formosa para o local, no distrito de Faro.

De acordo com aquele responsável, foram populares que “caminhavam num percurso pedestre junto à Fonte Benémola” que avistaram o animal, alertando as autoridades, “a quem enviaram um vídeo, a testemunhar o encontro e o real tamanho do réptil”.

Após buscas no local, a patrulha de vigilantes “conseguiu capturar o espécime”, confirmando os dados dos caminhantes e aferindo o tamanho de “quatro metros”.

O animal irá “pernoitar nas instalações do ICNF” na Quinta de Marim, em Olhão, até que seja encontrado um local onde possa ser tratada, adiantou. “Vamos procurar uma solução para a cobra, ver quem tem condições para ficar com ela, um zoo aqui no Algarve, ou talvez em Lisboa”, disse Joaquim Castelão Rodrigues.

Adiantando que não foi possível apurar a origem do animal, aquele responsável sublinhou que, sendo um animal exótico e albino, normalmente mantido em cativeiro, há uma “grande probabilidade que tenha sido libertada” por um cidadão, devido ao seu tamanho.

As cobras pitão são originárias dos continentes africano e asiático e classificadas como animais exóticos, mas apreciadas por algumas pessoas como animal de estimação e mantidas em cativeiro.

Nenhuma das serpentes desta família possui dentes inoculadores de veneno, porém, tem presas afiadas curvadas para dentro para agarrar as suas presas. Dependendo da espécie, o seu comprimento pode variar entre quatro a seis metros.