Fotografia
World Press Photo 2020 já tem nomeados — das revoltas às migrações
Incêndios, tufões, motins e migrações marcaram o ano de trabalho dos 4200 fotógrafos profissionais que se candidataram à última edição do concurso World Press Photo. O júri desta 63.ª edição – pela primeira vez, maioritariamente feminino – tomou a difícil decisão de reduzir a selecção a apenas 44, que são, nesta fase, apenas nomeados, ou seja, candidatos a vencedores. Destacam-se, por ora, as séries fotográficas do dinamarquês Nicolas Asfouri, que documentou a rebelião em Hong Kong, do etíope Mulugeta Ayene, que acompanhou de perto o drama da queda do voo 302 da Ethopian Airlines, e do francês Romain Laurendeau, que registou a revolta contra a precariedade da juventude argelina.
As candidatas a Melhor Fotografia do Ano (literalmente World Press Photo) são seis: Relative Mourns Flight ET 302 Crash Victim, de Mulugeta Ayene, Clash with the Police During an Anti-Government Demonstration, de Farouk Batiche – ambas na categoria de Spot News (notícias locais); Straight Voice, de Yasuyoshi Chiba, nomeado na categoria Notícias; Awakening, do polaco Tomek Kaczor, na categoria de Retrato; Injured Kurdish Fighter Receives Hospital Visit, do irlandês Ivor Prickett, e Nothing Personal - the Back Office of War, do russo Nikita Teryoshin, na categoria de Assuntos Contemporâneos, que podem ser vistas nesta fotogaleria. Também nomeados estão os fotógrafos Nikita Teryoshin, Fabio Bucciarelli, Alain Schroeder, Brent Stirton, Tadas Kazakevicius e Kim Kyung-Hoon, cujos trabalhos podem ser revistos no P3.
De acordo com a organização do concurso, foi sobretudo o papel dos jovens enquanto catalisadores de mudança que esteve, em 2019, na mira das objectivas dos fotógrafos de todo o mundo. As histórias de cariz ambiental também lograram destaque e conquistaram nomeações em mais do que uma categoria. Os derradeiros vencedores são conhecidos durante o mês de Abril.