O actor Kirk Douglas, que morreu a 5 de Fevereiro deste ano, com 103 anos, deixou a maior parte dos seus bens, avaliados em cerca de 61 milhões de dólares (cerca de 56 milhões de euros), à Douglas Foundation, uma instituição de beneficência que co-fundou há quase 60 anos, noticiou o tablóide britânico The Mirror.
A organização, criada em 1964 por Douglas e pela mulher, Anne Beydens Douglas, gere o Hospital Infantil de Los Angeles, o Centro Infantil Kirk e Anne Douglas e uma bolsa da Universidade St. Lawrence para estudantes desfavorecidos.
Além da Douglas Foundation, foram contemplados no testamento do actor o Templo Sinai, a maior e mais antiga congregação judaica conservadora da região de Los Angeles, e o Kirk Douglas Theatre, em Culver City, Califórnia.
Em conjunto, estas entidades recebem cerca de 85% da fortuna do galã, que era o último dos sobreviventes dos grandes nomes da era dourada de Hollywood, restando dez milhões de dólares (cerca de nove milhões de euros) para distribuir pela família: a mulher Anne, com quem esteve casado durante 65 anos, o filho de ambos Joel Douglas, produtor de cinema, e os dois filhos do actor do seu primeiro casamento, Peter, produtor de televisão, e Michael, reconhecido actor de Hollywood.
Michael Douglas e a mulher, a também actriz Catherine Zeta-Jones, elogiaram a solidariedade do ancião por altura do anúncio da sua morte. “A vida de Kirk foi bem vivida e deixa um legado no cinema que durará muitas gerações e uma história como um reputado filantropo que trabalhou para ajudar as pessoas e trazer paz ao planeta”, escreveu Michael num comunicado.
Kirk Douglas nasceu na cidade de Amsterdam, no estado de Nova Iorque, filho de pais imigrantes judeus da actual Bielorrússia, tendo feito uma carreira impressionante em Hollywood ao longo de sete décadas. O reconhecimento chegou em 1996, com a Academia a atribuir-lhe um Óscar Honorário, já depois de, em 1981, ter sido agraciado com a Medalha Presidencial da Liberdade. A sua morte deixou o mundo do cinema norte-americano de luto.