Serão os erros de ontem os de hoje?, pergunta-se em Berlim
Dois óptimos filmes sobre o tempo que passa e a presença do passado para abrir em ouro uma Berlinale em fluxo: Swimming Out Till the Sea Turns Blue e Malmkrog
O escritor chinês Mo Yan lembra-se de ter pegado em livros que tinham sido proibidos durante a Revolução Cultural e que tinham sobrevivido em segredo, através das mãos de gente que os estimava. Mas que não os estimava em excesso, porque ao passarem de mãos em mãos iam perdendo páginas. E quando chegavam às mãos de Mo Yan, se não trouxessem o princípio ainda vá que não vá. Agora, chegar ao fim e não ter as últimas páginas era uma frustração. Foi assim que ele começou a escrever: para inventar os fins que não conseguia ler.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.