Salão têxtil, de vestuário e moda atrai mais de 6000 compradores ao Porto
Mais de 400 compradores internacionais e seis mil compradores nacionais são esperados na 55.ª edição do salão da fileira têxtil, vestuário e moda Modtissimo, que estas quarta e quinta-feira “aterra” pela quarta vez no aeroporto do Porto.
A organização do evento — que se apresenta como “a única feira no mundo que decorre num aeroporto em funcionamento” — adianta, em comunicado, que esta edição terá como mote Feel (sentir) e “promete fortalecer o posicionamento de Portugal como um produtor de excelência de matérias-primas, vestuário e moda, capaz de responder às necessidades dos consumidores e, em simultâneo, evitar agressões ao ambiente, reduzindo o desperdício e reinventando materiais, na concretização de uma verdadeira economia circular”.
“À imagem das feiras internacionais, o Modtissimo afirma-se assim como mais um convite da indústria portuguesa dirigido às principais marcas internacionais de moda para abarcar na revigorante comunidade verde que emergiu ao longo dos últimos anos em Portugal”, sustenta a Selectiva Moda.
Ao longo dos dias de exposição, as empresas nacionais “prometem reforçar a imagem de qualidade e inovação através da apresentação de novos materiais, designs e tendências, cada vez mais pautados pelos princípios de produção responsável e sustentável”.
Apresentando-se como “o mais antigo salão têxtil de toda a Península Ibérica”, o Modtissimo pretende assumir-se como “mais um forte sinal da vitalidade e dinamismo da indústria têxtil e vestuário portuguesa”, convidando “marcas, designers e compradores internacionais a conhecerem o vasto leque de inovações da indústria portuguesa”.
De acordo com a organização, na área iTechtStyle Showcase estarão em exposição as inovações ao nível dos tecidos, produtos e empresas de acessórios, estando ainda em destaque algumas das iniciativas desenvolvidas no âmbito do projecto da indústria têxtil Texboost.
“Os principais gabinetes de tendências Carlin, WGSN Lifestyle & Interiors e Promostyl apresentam as tendências Primavera/Verão 2021 durante os dois dias da feira e uma nova área nasce: o Fashion Forum, que junta o Fórum de Tendências de Tecidos, Fórum de Criança e uma área Lifestyle powered by Antarte”, adianta.
Durante o evento será ainda possível obter informações sobre a conferência internacional de têxtil e vestuário iTechStyle Summit 2020 e fazer a inscrição para a 4.ª edição do evento, que vai decorrer de 28 a 30 de Abril no Terminal de Cruzeiros de Leixões.
Também vai ser anunciado que as candidaturas ao projecto iTechtStyle Green Circle para as áreas têxteis-lar, desporto e moda “vão abrir em breve”. De natureza itinerante, este projecto “tem percorrido as maiores e melhores feiras internacionais mostrando a excelência dos produtos têxteis portugueses ao nível da sustentabilidade e da economia circular”, recorda a organização.
Criado em 1992, o Salão Modtissimo começou, em Portugal, por ser uma exposição restrita a tecidos estrangeiros. A partir da 3.ª edição passou a contar com a participação de expositores portugueses, aos quais, na 12.ª edição, se juntaram os confeccionadores e, na 20.ª edição, os têxteis técnicos.
Desde a 27.ª edição que o edifício da Alfândega do Porto é a “casa mãe” do evento, mas algumas edições são organizadas em “locais inesperados” como o hotel Sheraton Porto ou o Aeroporto Francisco Sá Carneiro.
A Selectiva Moda nasceu em 1992, vocacionada para a dinamização e internacionalização da indústria têxtil e de vestuário em Portugal, sendo constituída pela Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) e pela Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL).
Segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações portuguesas de têxteis e vestuário caíram 1,0% em 2019, para 5259 milhões de euros, sendo o aumento de 3,3% das vendas extracomunitárias insuficiente para compensar o recuo de 1,9% na União Europeia.
Os artigos de vestuário responderam por 60% das exportações do sector no ano passado, enquanto 26% foram matérias-primas têxteis (incluindo fios, tecidos e têxteis técnicos) e os restantes 14% corresponderam a têxteis-lar e outros artigos têxteis confeccionados.