A política de sensações de Karim Aïnouz para o Brasil de Bolsonaro
Karim Aïnouz chama-lhe “melodrama tropical”. Forjou, com a Mata Atlântica do Rio de Janeiro, uma variação de um género. Com A Vida Invisível, com estreia esta quinta-feira nas salas portuguesas, um cineasta sensualista apresenta-se com tons de historiador e arqueólogo.
Karim Aïnouz, 54 anos, natural de Fortaleza, Brasil, diz às tantas que houve uma altura em que quis ser lido como “cineasta queer”. Fazemos-lhe notar que, cada um à sua maneira, também o espanhol Pedro Almodóvar ou o norte-americano Todd Haynes começaram por reivindicar as margens (nos inícios, nos tempos de, respectivamente, Pepi, Luci, Bom e Outras Tipas do Grupo, 1980, ou Veneno, 1991) e foram caminhando com os corpos transgressores em direcção ao centro: o melodrama. Injectando nele vários vírus, é claro.
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