Governo está a estudar a possibilidade de pôr portugueses retirados da China em quarentena
O regresso dos cerca de 15 portugueses que vão ser retirados da China ainda não tem data precisa, mas deverá ocorrer em breve.
Os cerca de 15 portugueses que vão ser retirados da China vão ser rastreados no aeroporto antes da viagem e novamente no aeroporto quando chegarem a Portugal. A ministra da Saúde adiantou que se está ainda a estudar uma possível quarentena. O regresso destes cidadãos a Portugal ainda não tem data precisa, mas que deverá ser em breve. Um responsável do Governo adiantou esta quarta-feira ao PÚBLICO que os portugueses virão no segundo voo disponibilizado pelo Mecanismo Europeu de Protecção Civil.
“Cada um destes cidadãos terá uma consulta com a autoridade [de saúde] à chegada, que terá integrado um médico, que aplicará um inquérito epidemiológico e sobre a história clínica recente, de forma a garantir que qualquer suspeita é logo identificada e encaminhada adequadamente”, disse, esta quinta-feira, a ministra da Saúde à margem da apresentação do plano criado para prevenir a violência contra profissionais de saúde. O rastreio passa também por uma avaliação física que incluirá a medição da temperatura.
Marta Temido especificou que os cerca de 15 cidadãos “são rastreados à partida e à chegada no aeroporto”. “Não quer dizer que não haja avaliação complementar, se for necessário”, acrescentou, referindo que ainda estão a trabalhar para perceber quem são e quando chegam estes portugueses que estavam a viver na China.
Uma possível quarentena ainda está a ser estudada e dependerá para condição de saúde dos portugueses que regressarem ao país. “A questão da designada quarentena, o confinamento a um espaço de isolamento seja ele um espaço domiciliário ou um outro tipo de espaço, está a ser ainda estudada e preparada, porque depende da condição clínica destas pessoas, do seu historial anterior”, explicou Marta Temido.
A ministra disse que a directora-geral da Saúde está a coordenar um conjunto de diligências que segue os protocolos internacionais definidos para o acolhimento dos portugueses quando chegarem a território nacional. “Vamos seguir de perto os protocolos que estão definidos pelas entidades competentes e também a conferência Organização Mundial da Saúde sobre este tema.”