Nova Presidente da Grécia: pela primeira vez, uma mulher
Katerina Sakellaropoulou reuniu apoios suficientes para ter a sua candidatura aprovada pelo Parlamento grego na próxima quarta-feira.
Um dia após a proposta do primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, do nome de Katerina Sakellaropoulou para ser a próxima Presidente da Grécia, dois partidos de esquerda anunciaram que votarão a favor da candidata. O país terá, pela primeira vez, uma mulher na mais importante posição do Estado.
A jurista Sakellaropoulou reagiu dizendo que a sua escolha “honra tanto a justiça como a mulher grega moderna”.
“Acho que chegou a altura de o nosso país ter uma mulher de valor no mais alto cargo do Estado”, disse antes o primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, ao propor o nome de Sakellaropoulou.
Katerina Sakellaropoulou já fora a primeira mulher a ocupar a presidência do Conselho de Estado, organismo equivalente ao Supremo Tribunal, lembra o diário Kathimerini. Foi proposta para esse cargo em 2018, pelo anterior Governo, liderado pelo Syriza de Alexis Tsipras.
Tsipras anunciou o apoio do seu partido a uma figura sobre quem destacou os “valores progressistas”, e Fofi Gennimata, ex-PASOK e líder do KINAL, pequeno partido de centro-esquerda, também, o que dará a Sakellaropoulou 266 votos num Parlamento de 300 deputados.
Mitsotakis tinha sido criticado por o seu Governo ter muito poucas mulheres. Com esta escolha, tenta afastar estas críticas, garante ainda que o nome que propôs é aprovado com o apoio da oposição sem grande discussão.
Nascida em Salónica em 1956, Sakellaropoulou estudou Direito na Universidade de Atenas e mais tarde na Sorbonne, em França. Foi professora, consultora do Ministério dos Negócios Estrangeiros, e responsável na associação de juízes.
A partir de 2015, ocupou a presidência da Sociedade Helénica para a Lei Ambiental, e esteve envolvida em processos importantes envolvendo potenciais danos ambientais e de património.