Os melhores visuais dos Globos de Ouro... e os piores
Em noite de Globos de Ouro, houve glamour a desfilar quase ininterruptamente pela passadeira vermelha. Ou quase... O Ímpar partilha o que achou mais bonito e o que nos granjeou, ao longo da madrugada, um revirar de olhos.
Os melhores
1. Billy Porter
O actor de Pose, série pela qual estava novamente nomeado para um Globo de Ouro, à semelhança do ano passado, já nos habituou às suas extravagâncias. Mas o que Billy Porter consegue é nunca confundir exuberância com excesso — e só por isso merece um lugar na lista dos mais bem vestidos da noite. A criação de Alex Vinash, em branco imaculado, sobressaía pela enorme cauda em penas que rematava o casaco.
2. Scarlett Johansson
Houve muitos vestidos vermelhos a fazer concorrência à passadeira, mas poucos nos arrancaram suspiros como o escolhido pela actriz que estava nomeada por História de Um Casamento, de Noah Baumbach. A criação de Vera Wang parece ter sido feita à medida de Johansson e nem o decote mais ousado parece perturbar o conjunto. O facto de se ter apresentado com um penteado simples e de maquilhagem sóbria ajudou ao efeito romântico.
3. Helen Mirren
Outro vermelho de encantar, desta vez saído da colecção da Dior Haute Couture. Helen Mirren apresentou-se como uma rainha, não estivesse ela nomeada para melhor actriz pela sua participação em Catarina, a Grande. O detalhe da saia, sobre uma camada de tule, fez as delícias dos fotógrafos. Há, porém, quem diga que aos 74 anos não se deveria usar decote tão revelador. Pois, por aqui, não podíamos discordar mais.
4. Phoebe Waller-Bridge
Em contracorrente com os vestidos de gala, a actriz de Fleabag, que conquistou o Globo de Ouro, optou por um conjunto de calça casaco do atelier Ralph & Russo Couture. E, além de se ter distinguido pela elegância, anunciou o leilão do fato, construído em renda, seda e com apliques em preto e dourado, para ajudar a situação de emergência vivida na Austrália. A licitação irá arrancar nos 50 mil dólares (44.680 euros).
5. Cynthia Erivo
Chegou de preto, mas não se pode dizer que tenha feito nem uma escolha segura nem discreta (ao contrário de muitos nomes que, sem se comprometerem, percorreram a passadeira com um “simples vestido preto” — já a saudosa Ivone Silva explicava...). Cynthia Erivo, que estava nomeada para melhor actriz por Harriet, de Kasi Lemmons, vestiu um Thom Browne repleto de brilhos que revelava os ombros para dar protagonismo às jóias Bulgari no valor de três milhões de dólares.
Os piores
1. Jennifer Lopez
A actriz de Golpistas e Ousadas poderia estar na lista de cima. Mas quando algo poderia ser perfeito, passa a horrível quando não se consegue atingir o objectivo. O vestido Valentino pretendia cruzar o branco alvo com o dourado do corpete, que saía para formar um gigantesco laço com uma camada de tecido verde-esmeralda. E tornava difícil de perceber onde acabava uma peça e começava outra. Demasiado. Seja como for, Jennifer Lopez conseguiu, mais uma vez, atrair as atenções, como tem vindo a ser seu apanágio ao longo dos anos.
2. Joey King
Nomeada para melhor actriz pela série The Act, Joey King arriscou e decidiu-se por um Iris van Herpen, cuja espécie de capa ondulante armada nos fez pensar que ainda ia arrancar um olho a alguém. Houve quem tivesse descrito o fato como uma obra de arte. E deve ficar lindo... exposto numa galeria.
3. Charlize Theron
Passámos boa parte do tempo em que Charlize apareceu no ecrã a tentar compreender o que tinha vestido. Um corpete com um avental? Não foi a melhor criação da Dior da noite. Disso temos a certeza.
4. Jodie Comer
A actriz da série dramática Killing Eve chegou num vestido verde-esmeralda, assinado por Mary Katrantzou, que misturava o estilo império com mangas em balão e gola até ao pescoço. Poderia estar linda. Fosse ela um abajur...
5. Olivia Colman
Mais umas mangas em balão — viram-se algumas, ainda que substancialmente menos do que na cerimónia dos Emmys (o que nos faz ter esperança...) — e um decote até ao pescoço que arruinaram o que poderia ter sido uma boa ideia. O vestido, longo e vermelho, era assinado pela britânica Emilia Wickstead.