Paulo Gonçalves foi 12.º na primeira etapa do Dakar

Paulo Fiúza foi segundo nos automóveis, enquanto navegador de Stéphane Peterhansel.

Foto
Reuters/HAMAD I MOHAMMED

O navegador português Paulo Fiúza, que acompanha o francês Stéphane Peterhansel (Mini), foi segundo na primeira etapa do rali Dakar, na Arábia Saudita, enquanto Paulo Gonçalves (Hero) foi 12.º nas motas.

Entre Jeddah e Al Wajh, na primeira das 12 tiradas, com 752 quilómetros, 319 dos quais cronometrados, o surpreendente vencedor foi o lituano Vaidotas Zala, num Mini de 2018 alugado à equipa X-Raid, em 3h19m04s, menos 2m14s do que Peterhansel e Fiúza. O espanhol Carlos Sainz (Mini) terminou na terceira posição, a 2m50s do vencedor.

A Toyota voltou a sofrer problemas com os pneus, tal como já acontecera no Rali de Marrocos, em Outubro. O qatari Nasser Al-Attiyah, vencedor em 2019, sofreu três furos em apenas 10 quilómetros, quando liderava, e cedeu 5m33s para o vencedor, terminando no quarto lugar.

O espanhol Fernando Alonso (Toyota), duas vezes campeão do mundo de Fórmula 1, também furou duas vezes na estreia na maior prova de todo-o-terreno, concluindo a tirada na 11.ª posição, a 15m27s de Zala, depois de também ter sentido alguns problemas de navegação.

Ricardo Porém (Borgward) foi o 23.º, a 39m18s do vencedor, enquanto Filipe Palmeiro, que acompanha o lituano Benediktas Vanagas (Toyota) foi 15.º.

Nos SSV, o vencedor foi o norte-americano Casey Currie (Can-Am), com o portuense Pedro Bianchi Prata a terminar em nono, navegando o piloto do Zimbabué Conrad Rautembach (PH Sport).

Nas motas, o dia foi de normalidade, com o australiano Toby Price (KTM), vencedor em 2019, a comandar após o primeiro dia, com 2m05s de vantagem sobre o norte-americano Ricky Brabec (Honda).

Paulo Gonçalves (Hero) foi o melhor português, na 12.ª posição final, apesar de inicialmente ter sido creditado com o 13.º melhor tempo, a 10m17s do vencedor. António Maio (Yamaha) foi 23.º, a 24m48s de Price. Sebastian Bühler (Hero) foi 32.º, a 35m13s.

Mário Patrão (KTM) teve um início cauteloso, concluindo os 319 quilómetros da especial em 41.º, a 47m47, à frente de Fausto Mota (Husqvarna), 53.º

Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) teve problemas e não chegou ao ponto de passagem instalado ao quilómetro 105.

Na segunda-feira disputa-se a segunda etapa, entre Al Wajh e Neom, com 401 quilómetros, 367 deles ao cronómetro, desenhados junto ao Mar Vermelho. A navegação será especialmente importante, num dia em que os pilotos vão encontrar uma multiplicidade de pistas pela frente.

Para as motas e quads será, também, a primeira parte de uma etapa-maratona, em que a assistência estará vedada além dos trabalhos que os próprios conseguirem fazer.