Os vinhos da Sogevinus atravessaram o rio e instalaram-se no Porto

A Flores Wine Shop abriu no início de Dezembro na movimentada artéria portuense. É o primeiro espaço de venda do grupo na cidade.

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Sogevinus Flores Wine Shop Neslon Garrido
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É um dia de Inverno à séria no Porto. Céu de chumbo, chuva forte, o vento a juntar-se à festa. E, ainda assim, a Rua das Flores, que nos últimos anos se tornou uma das mais movimentadas da cidade, está cheia de turistas armados de guarda-chuvas e capas de plástico. Está explicado o motivo pelo qual a Sogevinus escolheu esta artéria para se estrear com uma loja “do outro lado” do rio Douro: a Rua das Flores é uma das “mais trendy e icónicas” da cidade e se o propósito é afirmar o vinho, nada melhor do que servi-lo numa das suas salas de visita.

A verdade é que o vinho do Porto leva o nome da cidade, mas pouca coisa se passa “deste lado da ponte”, comenta à Fugas Maria Manuel Ramos, directora de Turismo da Sogevinus. As caves ficam em Gaia, os centros de visitas também, a maior parte das lojas idem. Foi para contrariar esta tendência que a Sogevinus Flores Wine Shop abriu no início de Dezembro no número 64, ocupando uma das mais antigas lojas da rua. “O edifício foi construído em 1523 e nós andámos a namorar a loja durante mais de um ano. Porque percebemos logo que esta era ‘a’ loja”, acrescenta Maria Manuel Ramos, que nos recebe, então, neste final de manhã de intempérie.

Não há maus momentos para um Porto, mas um dia como este combina melhor com ele. Atravessamos a sala inicial da loja e dirigimo-nos de imediato para a sala de provas, onde nos espera uma harmonização de três Porto com queijos e chocolates. Tiago Correia apresenta o que vamos experimentar: um Burmester LBV 2015 (18€ a garrafa; 5€ a prova); um Cálem Vintage 1985 (75€ garrafa; 14€ prova); e um Kopke Colheita 1999 (65€ garrafa; 12,50€ prova). O primeiro, explica Tiago, está mais indicado para queijos fortes: vamos provar um de cabra de Trás-os-Montes. O Vintage de 1985, que foi aberto e decantado esta manhã, vai fazer par com um Queijo da Ilha. Por fim, o Kopke Colheita – um tawny que esteve em barril desde 1999, tendo sido engarrafado este ano – faz-se acompanhar por chocolates (negro e de leite) da Arcádia.

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Ainda temos pela frente a degustação de um vinho DOC, um Casa Burmester Reserva 2016 (14€ garrafa), lote de Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz que estagiou 14 meses em carvalho americano, informa Tiago Correia. Acompanha com o Azeite Kopke (biológico, 8€ a garrafa). Esta prova, que inclui também pão e frutos secos, custa 3€.

Agora sim, detemo-nos a olhar com mais minúcia para o interior da loja. No corredor que liga as duas salas da Sogevinus Flores Wine Shop estão armazenados os vintages do portefólio da empresa. É um lugar menos iluminado por opção: “Tentámos recriar aqui o ambiente das caves”, comenta Maria Manuel Ramos, enquanto nos encaminha para a sala principal, onde se alinham referências de todas as marcas que integram o grupo Sogevinus: Cálem, Barros, Burmester e Kopke, entre vinhos do Porto e vinhos DOC.

Os preços são muito variáveis, mas é certo que haverá aqui uma garrafa para todas as bolsas. Não falta sequer aquele que é “o Porto mais vendido em Portugal”, como garante Maria Manuel: o clássico Velhotes. E depois há as edições especialíssimas, onde se contam os dois Porto mais antigos à venda nesta loja: trata-se do Kopke 1935 (990€) e do Kopke 1937 (920€). Falando na marca Kopke – a mais antiga casa de vinho do Porto, desde 1638 – importa referir que quem quiser poderá personalizar a sua garrafa. “Já tivemos um pedido de casamento feito através de uma das nossas garrafas”, conta Maria Manuel.

Para além dos vinhos, estão ainda disponíveis chás do Cantinho das Aromáticas, chocolates Arcádia e compotas Finos Segredos.

A abertura desta loja, que claramente está mais direccionada para o público estrangeiro, insere-se na estratégia da Sogevinus “de apostar forte na área do turismo”, diz Maria Manuel Ramos. No horizonte do grupo está a abertura de uma similar em Lisboa e, para 2021, está prevista a abertura do Hotel Kopke, que resultará da reabilitação de armazéns devolutos em Gaia.

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