Três imigrantes que enfrentam o novelo burocrático do sistema
Já deu cinco mil euros à Segurança Social mas não tem direito a qualquer subsídio. O SEF atrasou-se e agora não pode receber abono. O patrão despediu-o porque o SEF não lhe envia a autorização. Serviço Jesuíta aos Refugiados publicou esta quarta-feira um Livro Branco onde acusa o SEF de ser “o mais grave obstáculo” à integração de migrantes.
Está a trabalhar na construção civil, já contribuiu com mais de 5200 euros para a Segurança Social (SS), mas José Vieira, 54 anos, natural de São Tomé e Príncipe, não pode beneficiar de uma consulta no Serviço Nacional de Saúde, nem pode aceder ao subsídio de desemprego, como qualquer português. Também não pode ir visitar a família ao seu país – e é com isto que José Vieira se comove por diversas vezes ao longo da conversa quando lhe caem lágrimas. Aquele valor calculado pelo Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), com base nos seus extractos da SS, não inclui descontos feitos por um patrão que afinal não transferia esse valor para os cofres do Estado.
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