Ex-Presidente do Sudão condenado a dois anos de prisão

Considerado culpado de corrupção e posse ilegal de divisas, Omar al-Bashir vai cumprir a pena num centro de detenção por já ter 75 anos para ir para a cadeia.

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Omar al-Bashir dentro da gaiola de metal onde assistiu ao julgamento MORWAN ALI/EPA

Omar al-Bashir, que governou o Sudão durante 30 anos, foi este sábado condenado a dois anos de prisão por um tribunal em Cartum, que o considerou culpado dos crimes de corrupção e posse ilegal de divisas. O ex-Presidente sudanês vai cumprir a pena num centro de detenção e não num estabelecimento prisional comum por já ter 75 anos. O facto de ter mais de 70 anos também serviu de factor atenuante para a sua pena, que podia chegar a dez anos de cadeia.

O tribunal também decidiu ordenar que fossem confiscados os sete milhões de euros e dólares sudaneses encontrados na altura da detenção na residência do antigo chefe de Estado, deposto a 11 de Abril, depois de quatro meses de protestos nas ruas.

Al-Bashir, vestido de fato e turbante brancos tradicionais, afirmou, desde a sua gaiola de metal dentro do tribunal, que o montante fazia parte dos 25 milhões de dólares de ajuda ao país outorgados pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman, sendo que o resto do dinheiro teria sido gasto em assuntos de interesse público, versão que não convenceu o tribunal. 

Procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e contra a humanidade e genocídio no Darfur, pelos quais é alvo de dois mandados de captura internacional emitidos em 2009 e 2010, o ex-chefe de Estado enfrenta ainda outros processos judiciais no seu país.

Em Maio, foi acusado de incitamento e envolvimento na morte de manifestantes e esta semana foi intimado para responder a questões sobre o seu papel no golpe militar de 1989 cm o qual chegou ao poder.

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