“Pela matilha”, os cães voltaram às urnas no Reino Unido
É já um clássico de qualquer eleição no Reino Unido. Enquanto os tutores decidem nas urnas, os cães esperam pacientemente (ou não) à porta das mesas de voto. Nas legislativas antecipadas de 12 de Dezembro, "as mais importantes de uma geração", como foram apelidadas tanto pelos trabalhistas como pelos conservadores, "ficou claro que o 'Brexit' é a decisão irrefutável, irresistível e incontestável dos britânicos", afirmou o primeiro-ministro reeleito Boris Johnson. Se os cães concordam com a escolha dos donos?
"Maco não votou por mais biscoitos para ele. Maco votou por mais biscoitos para os cães que não são tão sortudos como ele", escreveu no Twitter Richard Gaywood, ao publicar uma foto do seu galgo, antigo cão de corrida resgatado. A hashtag #DogsAtPollingStations reúne quase 40 mil publicações só no Instagram e terá começado a tornar-se popular depois do referendo do “Brexit” em 2016. Desde aí, o Reino Unido foi a votos nas legislativas de 2017, nas europeias e nas eleições antecipadas que deram uma vitória histórica aos conservadores — e os cidadãos de quatro patas também vieram cumprir o seu dever cívico. "A Nia a sentir-se um pouco aborrecida à porta das suas terceiras legislativas... e ainda nem fez cinco anos!", brinca uma mulher britânica, no Instagram.
Várias capas de jornais britânicos desta sexta-feira, 13 de Dezembro, são protagonizadas pelo momento em que, à saída das urnas, Johnson pega no cão Dilyn e lhe dá um beijo, antes de o pousar. Uma das publicações no Twitter oficial de Jeremy Corbyn também mostra um cão a ser erguido em frente a um cartaz do partido trabalhista.
O partido de Boris Johnson elegeu 364 deputados, contra apenas 203 do Partido Trabalhista, alcançando uma maioria de 78 lugares na Câmara dos Comuns quando falta apurar um assento parlamentar. Segue a cobertura das eleições no Reino Unido aqui.