Taylor Swift foi eleita a mulher da década pela revista Billboard e recebeu o prémio durante o evento Billboard Women in Music, que decorreu em Los Angeles, Califórnia, EUA, na noite desta quinta-feira, aproveitando para pôr as cartas na mesa. “Este não vai ser um discurso curto”, começou. E não foi.
As palavras de Swift encheram a sala durante cerca de 15 minutos, ao longo dos quais percorreu a sua carreira de fio a pavio, denunciando “a masculinidade tóxica” que impera na indústria da música.
“O que significa ser a mulher desta década? Bem... significa que já vi muita coisa”, explica. Mas nem tudo o que a cantora descreve são rosas: “Vi como ser mulher, nesta indústria, [representa que] algumas pessoas tenham reservas sobre si (…), se merece mesmo estar ali, se o seu produtor ou o co-autor masculino (…) são a razão do seu sucesso.”
“Nos últimos dez anos, vi como as mulheres nesta indústria são criticadas, comparadas umas às outras e gozadas pelos seus corpos, pelas suas vidas românticas, pelo seu sentido de moda…”, enumera, ao mesmo tempo que lança o desafio: “Alguma vez alguém ouviu sobre um intérprete masculino ‘gosto das canções dele, mas há qualquer coisa, não sei o que é... há algo nele que não gosto'? A resposta é não! Essa crítica está reservada para nós [mulheres].”
Além de tecer uma crítica ao ambiente pouco equitativo da indústria, Swift aproveitou para elogiar algumas colegas de palco, a começar por Lana del Rey. “Apesar do facto de ter sido duramente criticada”, conseguiu, ainda assim, tornar-se “na mais influente artista da pop — um exemplo que nos deve inspirar a todos.” Entre outros nomes referidos pela cantora, a jovem Billie Eilish, que, aos 17 anos, recebeu o prémio de mulher do ano, não foi esquecida. De todas elas, Taylor disse que são mulheres fantásticas a fazer boa música actualmente.