Não havia melhor dia para Ursula Von der Leyen herdar o “tesouro” que é a União Europeia

Presidentes da Comissão Europeia, Conselho Europeu, Parlamento Europeu e Banco Central Europeu participaram em cerimónia para assinalar arranque do novo ciclo institucional. Ursula von der Leyen e Charles Michel iniciam mandato no dia do décimo aniversário do Tratado de Lisboa.

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Quatro presidentes, dois homens e duas mulheres, assinalou Christine Lagarde LUSA/JULIEN WARNAND

“Não podia haver melhor dia para começar o trabalho do que hoje”, afirmou a nova presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que inicia o seu mandato no dia em que se comemora o décimo aniversário da entrada em vigor do Tratado de Lisboa — “que acrescentou um bloco importante à arquitectura europeia e é tão relevante hoje como há dez anos para fortalecer a legitimidade e a democracia da nossa União”, considerou o novo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Ao lado do presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, e da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, os dois novos líderes participaram esta manhã numa breve cerimónia na Casa da História Europeia para assinalar o “começo de uma nova etapa” e o “arranque de um novo ciclo institucional”. “Agora é o tempo de passar à acção e de transformar as promessas em resultados, responder às expectativas dos milhões de cidadãos que votaram como nunca nas últimas eleições europeias”, apelou Sassoli.

Antes de receber simbolicamente uma cópia do Tratado da União Europeia, e de escutar o Hino da Alegria, Ursula von der Leyen lembrou que o seu novo papel, como presidente da Comissão, é ser “guardiã dos tratados” e “custódia do espírito de Lisboa”. “O que herdámos hoje foi um tesouro: um continente em paz, com direitos e liberdade, e um mercado único com oportunidades económicas sem precedentes. Temos o dever de preservar este tesouro, e a responsabilidade de o deixar ainda mais forte do que quando o recebemos”, observou.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, começou por chamar a atenção para o facto de “estarmos aqui quatro presidentes, dois homens e duas mulheres” — a cúpula do poder institucional da União Europeia. Evocando a transformação profunda da última década, Lagarde reconheceu que “o que nos espera é um desafio formidável”, que descreveu numa frase curta: “passar desta [actual] fase de reparação a uma nova época de renovação e esperança”.

Charles Michel mostrou-se confiante. “Celebramos um novo ciclo com um grande entusiasmo e uma agenda ambiciosa. Esperam muito de nós, por isso trabalhemos em conjunto para dar mais alma a este projecto”, pediu.

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