“Mãe que acusou IURD de lhe roubar filhos pede desculpa em tribunal e diz que foi ‘manobrada’ pela TVI”, publicado a 7 de Novembro de 2019

Direito de resposta da jornalista da TVI Alexandra Borges a uma notícia publicada na edição online.

Ao contrário do que foi noticiado pelo Público, em nenhum momento condicionei ou sugeri qualquer versão dos factos aos entrevistados da reportagem “O Segredo dos Deuses”, sobre o esquema ilegal das adoções da IURD. O inquérito do Ministério Publico sobre o caso foi arquivado por prescrição, ou seja, extinguiu-se o procedimento criminal. Contudo, o magistrado do ministério público admite que, em caso de não prescrição, estaríamos na presença de crimes tão graves como tráfico de pessoas, associação criminosa e corrupção. Maria de Fátima Lemos Moreira foi várias vezes entrevistada pela TVI. Em todas as entrevistas sempre insistiu que não deu os seus filhos para adoção e que nunca foi ouvida no tribunal de família. Mais, assumiu sempre que a sua assinatura fora falsificada e a TVI chegou a confirmar junto do registo civil que, na mesma altura, foi dado como roubado o seu bilhete de identidade que foi usado em tribunal. Confrontada com o processo da IURD, a mãe de Filipe e Pedro, decidiu dar o dito por não dito e chegou a um acordo com a IURD que lhe impunha um pedido de desculpas publico. Desconheço qual o tipo e conteúdo do acordo que Maria de Fátima estabeleceu com a IURD para alterar a substância dos depoimentos que prestou na reportagem “O Segredo dos Deuses” e em vários processos judiciais, mas não posso deixar de afirmar que existem bastantes evidências documentais e testemunhais de que a versão que Maria de Fátima nos relatou não foi de nenhuma forma induzida, estando por isso a ser preparada uma queixa crime por difamação e injúrias que dará entrada no tribunal durante a próxima semana. De resto, acredito que o próprio ministério público irá avançar com uma queixa crime contra ela por perjúrio e falsas declarações que prestou em tribunal, perante o juiz.

Lamento o facto de nunca nenhum jornalista do Público me ter tentado ouvir sobre estes factos que visam o meu bom nome, prejudicando assim a informação séria e rigorosa que só seria conseguida garantindo a mais básica regra do código deontológico dos jornalistas. Apenas fazendo o contraditório os leitores do Público teriam acesso a toda a verdade. Desta forma, leram apenas parte de uma “verdade” que interessa a uma das partes.

Vou continuar esta investigação jornalística sobre o esquema ilegal das adoções da IURD que tanto tem incomodado alguns, sem agenda nem acordos escondidos, respeitando o contraditório, a ética profissional e sobretudo a VERDADE.

Alexandra Borges, jornalista da TVI

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