Greta Thunberg chega a Lisboa de veleiro no início de Dezembro

Nas redes sociais, a activista sueca anunciou que tiveram de diminuir a velocidade e esperam agora chegar a Lisboa no início de Dezembro.

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Reuters/HENRY NICHOLLS

A activista sueca Greta Thunberg prevê chegar a Lisboa “no início de Dezembro”, depois de ter atravessado de veleiro o Atlântico, a caminho da Cimeira sobre as Alterações Climáticas (COP25) de Madrid. “Tivemos que diminuir a velocidade do barco para evitar um tempo muito mau pela frente, mas agora estamos de volta ao rumo certo na velocidade máxima. Espero que cheguemos a Lisboa, Portugal, no início de Dezembro”, escreveu a jovem nas suas redes sociais.

A ambientalista partiu a 13 de Novembro do porto norte-americano Salt Ponds, no Estado de Virgínia, num catamarã, uma vez que não viaja de avião para evitar as emissões de gases de efeito de estufa associadas às viagens aéreas. Em Lisboa, Greta Thunberg está convidada para participar numa sessão na Assembleia da República promovida pela comissão parlamentar de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, que se realizará entre o final deste mês e início de Dezembro.

Segundo disse na terça-feira à Lusa o presidente da comissão parlamentar de Ambiente, José Maria Cardoso, “houve receptividade” por parte dos representantes da activista ao convite feito pelos deputados, pelo que a activista deverá estar no Parlamento “entre o final deste mês e os primeiros dias de Dezembro”. A organização portuguesa da Greve Climática Estudantil anunciou, entretanto, que se vai juntar ao apelo internacional e convocou nova paralisação para 30 de Novembro.

Greta Thunberg viajou em Agosto do Reino Unido para Nova Iorque no veleiro ecológico de Pierre Casiraghi, o filho mais novo de Carolina de Mónaco, para participar na Cimeira das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, em Setembro. A activista, que tirou um ano sabático, pretendia viajar pelas Américas, por terra, até ao Chile, onde a COP25 estava inicialmente agendada. O governo chileno, no entanto, cancelou a organização do evento devido aos fortes protestos sociais que há semanas abalam este país sul-americano e a sueca teve de procurar uma nova boleia.

A jovem iniciou sozinha uma greve à escola em Setembro de 2018 em frente ao Parlamento sueco para apelar à tomada de medidas contra as alterações climáticas, a qual inspirou um movimento global que a levou a ser recebida pelos líderes mundiais e a falar em conferências.