Governo vai canalizar 20 milhões de euros para Veneza, que continua alagada

A chuva abrandou esta sexta-feira, assim como o vento, o que permitiu que a água começasse a escoar. Mas 70% da cidade ainda está alagada.

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A chuva abrandou em Veneza, mas 70% da cidade ainda está inundada EPA
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O presidente da Câmara de Veneza, Luigi Brugnaro, encerrou na manhã desta sexta-feira a Praça de São Marcos, devido a uma nova subida da água das cheias que inundam a praça.

A água, porém, não subiu tanto como se esperava - previa-se mais de 1,60 metros, subiu metro e meio. 

Grande parte da cidade está inundada (cerca de 70%) desde há dias e foi declarado o estado de emergência - a subida do nível da água atingiu, na quarta-feira, o nível mais alto desde 1966. 

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, disse que vai disponibilizar 20 milhões de euros para as “intervenções mais urgentes, de apoio à cidade e à população” afectada pelas cheias, não só na cidade mas como em toda a região do Véneto. O primeiro-ministro passou a noite de quarta-feira em Veneza.

A chuva intensa que cai desde terça-feira em Itália atingiu sobretudo as regiões do Véneto, Sicília e Calábria. A chuva abrandou esta sexta-feira, assim como o vento, o que permitiu que a água começasse a escoar.

Devido às cheias, a edição deste ano da Bienal de Arte de Veneza esteve encerrada na quarta-feira, mas já reabriu, disse a organização, acrescentando que mais de 1300 pessoas já visitaram o certame, nas zonas do Arsenale e Giardini.

Veneza inunda-se várias vezes ao ano, mas as cheias deste ano, que Brugnaro atribuiu às alterações climáticas, provocaram uma “situação dramática”. É “uma ferida que vai deixar marcas permanentes”, disse.