Serviço de streaming Disney Plus estreia-se esta terça-feira — mas não chega já a Portugal
Concorrente à liderança da Netflix é lançado só na América do Norte e Holanda, contrariando a lógica actual de simultaneidade. The Mandalorian, uma nova série Star Wars exclusiva, e os filmes Marvel são os seus principais chamarizes.
O novo serviço de streaming Disney Plus, considerado um “ecossistema” das criações das marcas Disney, Pixar, Marvel e National Geographic, foi lançado esta terça-feira nos Estados Unidos, Canadá e Holanda, e chega a outros países europeus a 31 de Março.
Para Portugal ainda não há data prevista, mas os responsáveis da Disney asseguram que, a partir do lançamento em Espanha, França, Itália, Alemanha e Reino Unido, a 31 de Março de 2020, o serviço de visionamento por subscrição “vai expandir-se rapidamente” para outros países europeus.
Segundo Kevin Mayer, presidente da divisão de serviços directos para o consumidor da Disney, o Disney Plus (Disney+) torna-se a “casa definitiva e exclusiva” de todos os conteúdos das marcas Disney, Pixar, Marvel e National Geographic.
Para o primeiro ano, o Disney+ promete a criação de 30 séries e 15 filmes originais, que se juntam numa livraria de 7.500 episódios e 500 títulos de filmes, todos à disposição dos utilizadores para visionamento ou download em qualquer altura, por um custo mensal de 6,99 dólares (preço nos Estados Unidos, equivalente a cerca 6,34 euros).
O Disney+ inclui as 30 temporadas dos The Simpsons e o conjunto completo dos nove episódios dos filmes Star Wars, acrescentando novas séries relacionadas, como The Mandalorian, que também se estreia esta terça-feira.
Filmes com datas de estreia em 2019 como Rei Leão, Vingadores: Endgame, Toy Story 4, Frozen 2 e Star Wars: A Ascensão de Skywalker vão estar em exclusivo no Disney+, depois do período reservado para os cinemas. Na próxima semana, em 19 de Novembro, o Disney+ estreia-se na Austrália e na Nova Zelândia. As novidades para o lançamento do Disney+ foram anunciadas à imprensa em Nova Iorque, na sexta-feira passada, com a presença da Lusa e de outros meios de comunicação internacionais.
Dada a preferência dos utilizadores em verem conteúdos por episódios, “o “apelo multi-geracional do serviço ganha vida”, segundo Kevin Mayer, que acrescentou que o Disney+ é “optimizado para famílias, mas atraente para uma vasta audiência”. A vice-presidente de conteúdos da companhia, Agnes Chu, acrescentou que o Disney+ é a curadoria de um “ecossistema” onde se mantém o legado e onde “viverão todos os conteúdos universais e intemporais”, que passam por histórias de ficção e pela narrativa de histórias reais, fenómenos da natureza ou desportos.
O serviço, que teve um teste técnico na Holanda no mês de Setembro, prevê ter entre 60 milhões a 90 milhões de aderentes, com subscrições pagas, no ano fiscal de 2024. Dos resultados do teste na Holanda, Kevin Mayer anunciou que grande parte das primeiras reproduções feitas no Disney+ foram dos filmes da Marvel, que, segundo o responsável, “provaram ser os principais impulsionadores” para as subscrições.
O presidente dos serviços streaming da Disney, Michael Paull, afirmou por seu lado que “as principais características incluem uma interface elegante e funcional”, com uma “experiência visual e cinemática”, que põe em destaque as marcas, sem anúncios publicitários.
Para a distribuição, Michael Paull destacou parcerias da Disney com Apple, Google, Microsoft, Roku, Sony e dispositivos da Amazon Fire, Samsung e LG.
Ricky Strauss, presidente de conteúdos e marketing, falou de um catálogo “inigualável” com uma grande variedade de conteúdos em “géneros, formatos e arenas”, criados com os melhores “contadores de histórias” da indústria. Strauss disse que a estratégia publicitária para o Disney+ resultou numa “campanha de sinergia”, sem rival e sem precedentes na história da Walt Disney Company, com uma visão de 360º e “omni-plataformas” (adaptada a todas as plataformas possíveis), por várias fases.
Questionado sobre a concorrência com outros serviços de streaming e de vídeo on demand, o presidente da divisão de serviços directos para o consumidor, Kevin Mayer, disse que o Disney+ se destaca fortemente por causa das suas marcas e não tem concorrência, porque vai ser o único local para visionar os títulos do catálogo.
“Trabalhámos muito intensamente para criar um serviço incomparável em termos de conteúdo, qualidade de reprodução, interface do utilizador, marcas e valor para o consumidor”, assegurou Kevin Mayer, presidente da divisão de serviços directos para o consumidor.