Josefinas portuguesas aumentam vendas em 50% e escoam para 60 países

O México e Hong Kong são alguns dos principais destinos no mundo para onde são exportados os milhares de modelos de Josefinas.

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As sabrinas são feitas à mão por costureiras e sapateiros, numa pequena fábrica de calçado edificada em Nadais, a Norte de Portugal.

A marca portuguesa Josefinas, que criou “a sabrina mais cara do mundo” no valor de 3379 euros, aumentou as vendas de calçado em 50% no primeiro semestre do ano e está a exportar para 60 países.

“O aumento de volume de negócios no primeiro semestre deste ano é de cerca de 50% em relação ao período homólogo de 2018”, avançou à agência Lusa Maria Cunha, uma das fundadoras da jovem marca portuguesa, que celebra este ano o 7.º aniversário.

O negócio das Josefinas, fundado pela dupla de amigas Maria Cunha e Filipa Júlio, tem-se vindo a afirmar no mercado mundial, criando umas sabrinas especiais feitas à mão por costureiras e sapateiros, numa pequena fábrica de calçado edificada em Nadais, a Norte de Portugal.

O México e Hong Kong são alguns dos principais destinos no mundo para onde são exportados, por correio normal, os milhares de modelos de Josefinas, inspirados ora no ballet russo, ora na literatura árabe das Mil e uma Noites, ora na obra de literatura infantil de Lewis Carol Alice no país das Maravilhas.

Desde que a influencer das redes sociais Chiara Ferragni calçou umas sabrinas Josefinas que “as vendas dispararam”, especialmente no México, revelou Maria Cunha.

Ao contrário do México, cujas Josefinas predilectas são sapatilhas, em Hong Kong o best seller são as sabrinas, onde a escolha é entre mais de 100 modelos, desde o Black Lisbon, Paris, Safari, Rainha de Copas, Moscovo, Opium, Show Girl, até ao mais recente, o Burel Couture Black, com um material oriundo da Serra da Estrela que é “sustentável, português, termorregulável e confortável”, descreve Maria Cunha.

Na Europa, Portugal é o país melhor posicionado no ranking dos que mais compram a marca que já ganhou recomendações de revistas de moda consagradas como a Vogue, Elle ou Grazia, mas o Reino Unido vem logo a seguir, bem como a Suíça e Alemanha, contou a fundadora, referindo que os EUA são outro país importante para as exportações da marca made in Portugal, visto que absorve actualmente “20% da produção total”.

A marca Josefinas, que entrou no mercado mundial em 2013, não pretende criar lojas físicas. O plano para o futuro é continuar a desenvolver os eventos pop-up de um dia em Portugal e avançar para a internacionalização desses pop-up em 2020, revelou. “Queremos avançar com a internacionalização das pop-up”, acrescentou, recordando que já o fizeram em Londres (Reino/Unido) e querem continuar essa experiência.

Além de desenvolver o negócio dos sapatos, a marca portuguesa associou-se recentemente à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e vai lançar no próximo dia 25 de Novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, um modelo de sabrinas pretas e brancas especialmente concebidas para chamar a atenção para o problema social da violência contra o género feminino.

“Não bater” ou “Não envergonhar” são algumas das mensagens que vão estar escritas nas tradicionais etiquetas colocadas no vestuário que por norma têm informação sobre a composição têxtil. O negócio das sabrinas feitas à mão por costureiras e sapateiros do Norte de Portugal entrega uma parte da receita à organização humanitária “Women for Women International (WfWI)”, para ajudar mulheres em perigo. A WfWI dá o apoio necessário às mulheres para abrirem um negócio próprio ou para terem formação e aprenderem uma profissão.

As Josefinas nasceram em homenagem à mulher e avó de nome Josefina, que acompanhava Filipa Júlio, uma das fundadoras da marca, nos passeios que dava pelas ruas da cidade do Porto.