O White Wedding Weekend passou, no último fim-de-semana, por Lisboa, e, entre as propostas que almejam criar “um espaço onde os noivos podem usufruir de experiências inspiradoras para um casamento de sonho”, houve uma que se destacou: a designer e artista Raquel Marques, fundadora da Flores de Papel, levou à passerelle vestidos de noiva com o papel como base.
“A ideia de criar vestidos surgiu de uma mensagem que a marca queria comunicar, de que papel é a nossa paixão e que com o papel construímos o que se quiser”, explicou ao PÚBLICO por e-mail. A empresa, recém-nascida, elabora trabalhos de “decoração, vitrinismo, cenários de televisão e fotografia”, mas esta foi a primeira vez que apresentou “uma colecção de flores com vestidos de papel”.
“Os vestidos são completamente construídos em papel e a partir do papel”, explica, adiantando que, na sua elaboração, recorre-se a “materiais estruturais” como arame, elásticos e colas. Qualquer peça poderá ser construída de “forma personalizada”, sendo sempre única: “Não fazemos duas peças iguais.” Já os valores para estes exclusivos vestidos de noiva que são, efectivamente, para usar uma única vez, não foram adiantados.
Raquel Marques, com formação em design de equipamento, lembra-se de manusear papel desde sempre. No entanto, foi a partir de 2015 que se dedicou ao estudo de “como poderia construir flores em papel” — a marca seria registada dois anos mais tarde. A criadora, que se confessa “apaixonada por materiais e pela capacidade de fazer nascer e construir com as próprias mãos”, acredita que o “papel pode ser reinventado (…) tanto na decoração como na moda”.
Nos Estados Unidos, todos os anos, o papel é matéria-prima para um concurso de vestidos de noiva, mas neste caso é usado especificamente papel higiénico.