Nova torre da Câmara de Oeiras vai custar 49 milhões de euros
Edifício terá 16 pisos e é um dos projectos inscritos no orçamento municipal para 2020, que ascende aos 172 milhões de euros. Autarquia admite que tráfego e estacionamento automóvel podem ser problemáticos e estuda parque subterrâneo.
A câmara de Oeiras vai construir uma torre com 16 pisos para albergar todos os serviços municipais. O edifício tem um custo estimado de 49 milhões de euros e é um dos maiores investimentos previstos no orçamento da câmara para 2020, aprovado esta segunda-feira.
A torre vai localizar-se num terreno próximo do centro comercial Oeiras Parque, no topo de um conjunto habitacional e comercial conhecido como Fórum Oeiras. Há mais de 10 anos que se perspectiva a sua construção, mas a autarquia diz que agora é que ela vai mesmo avançar. O custo previsto é quase o dobro do estimado em 2015, quando o projecto estava orçamentado em 28 milhões de euros.
A edição de Julho/Agosto do boletim municipal Oeiras Actual, que chegou ao correio dos oeirenses a meio de Setembro, informa que o projecto para o edifício foi aprovado pela câmara a 15 de Julho e que ele “permitirá obter não apenas melhorias consideráveis nas condições do atendimento ao público e do funcionamento dos serviços, como uma apreciável redução dos seus custos operacionais”.
Com 16 pisos acima do solo e três caves, “no novo edifício deverão ficar instalados todos os serviços municipais”, informa ainda o boletim. “Um dos aspectos cruciais da relocalização de serviços (…) é sem dúvida o impacte que o mesmo terá em termos do tráfego urbano em Oeiras, bem como dos sistemas locais de transportes públicos e estacionamento”, assume a autarquia, acrescentando que foi feito um estudo de tráfego e que, em face do “inevitável aumento da notoriedade e da atractividade da zona”, estão planeadas novas ligações viárias e está em estudo um parque de estacionamento subterrâneo.
Esta é hoje uma das zonas mais congestionadas de Oeiras pois permite a ligação entre o centro da vila e a A5, para além de ter inúmeras superfícies comerciais e de serviços. No orçamento para o próximo ano, de 172 milhões de euros, a câmara liderada por Isaltino Morais diz-se empenhada na “criação da rede de ciclovias” e na “intervenção em vias estruturantes” do concelho.
Como explicou Isaltino ao PÚBLICO no ano passado, um dos seus objectivos para o mandato passa por construir novas estradas no município no valor de 40 milhões de euros e alguns troços de ciclovia. Por concretizar está ainda um projecto de ciclovia na marginal, que venceu uma edição do orçamento participativo há vários anos. Na edição deste ano, cujos projectos já deviam ser conhecidos, uma das propostas mais votadas também foi a criação de uma ciclovia, desta vez entre Algés e Alfragide.
O orçamento de 2020 prevê 73,8 milhões de euros para “funções sociais”, onde se incluem investimentos em habitação para a classe média e na renovação do parque escolar. O documento contempla ainda verbas para a recuperação da antiga Estação Agronómica (onde se situa a Casa da Pesca) e a construção de um novo auditório em Linda-a-Velha.