Exposição
De Marilyn Monroe a Luther King: os retratos de Henri Cartier-Bresson chegam ao Porto
Marilyn Monroe, Robert Kennedy, Martin Luther King, Jean-Paul Sartre, Pablo Picasso, Coco Chanel: estes são alguns dos protagonistas dos retratos intimistas captados pela Leica de Henri Cartier-Bresson, que chegam esta quinta-feira, 31 de Outubro, à Alfândega do Porto.
Baseada no livro de retratos de 1998 Tête à Tête, a exposição Henri Cartier-Bresson: Retratos conta com 121 trabalhos do fotógrafo francês, realizados ao longo de 70 anos, e é arquitectada pela empresa portuguesa Art For You, em parceria com a Fundação Henri Cartier-Bresson. Uma memória colectiva que "junta quer personalidades marcantes da sociedade, quer indivíduos anónimos da narrativa histórica" e que mostra o "traço singular da carreira fotográfica do também pintor, realizador e documentarista", explica a organização em comunicado.
"Os fotografados mantiveram com Henri Cartier-Bresson um encontro único, directo, pessoal", sublinha Ana Cristina Baptista, da Art For You. E relembra como o fotógrafo dizia que "o retrato era uma visita de cortesia que durava 15 ou 20 minutos" — ainda assim, o pouco tempo não impedia Cartier-Bresson de "invadir a intimidade dos retratados, oferendo-nos uma sensação invulgar de familiaridade".
Paradoxalmente, o francês "detestava deixar-se fotografar". A sua "timidez" e "perpétua vontade de permanecer incógnito atrás de câmara" seduziram personalidades como Edith Piaf, Henri Matisse ou Ernesto Che Guevara a posar em frente à lente da sua eterna Leica. Pelo menos três câmaras do fotógrafo vão estar também em exibição, incluindo a primeira que utilizou.
Os bilhetes para a exposição, que pode ser visitada até 12 de Abril de 2020, custam 10 euros. Inclui ainda a visita a uma mostra complementar de trabalhos sobre a cidade do Porto. Retratos — Porto: Um Olhar Contemporâneo é composta por 12 fotografias de Luís Nobre, Pedro Mesquita, André Boto e Diogo Borges. As imagens são uma perspectiva contemporânea sobre os recantos que Cartier-Bresson fotografou em 1955. O valor das vendas das fotografias desta mostra será entregue à Associação O Joãozinho.