Vem aí uma exposição que coloca a arte contemporânea em bandeiras de edifícios do Porto
Um “percurso de bandeiras” que traz a arte contemporânea para as ruas da cidade do Porto. Com curadoria de Miguel von Hafe Pérez, de 18 de Outubro a 20 de Dezembro vai ser possível “ver as vozes dos artistas” impressas em bandeiras, colocadas nos mastros de edifícios icónicos da cidade invicta.
Com curadoria de Miguel von Hafe Pérez chega à cidade do Porto o take dois da exposição Ver as vozes dos artistas. Se em 2018 podíamos assistir a uma série de obras no metro da cidade Invicta, entre os dias 18 de Outubro e 20 de Dezembro vamos poder passear pela cidade e observar a arte impressa em bandeiras. Bandeiras essas que vão ser colocadas em mastros de edifícios icónicos.
É uma exposição em parceria com a Associação Cultural Saco Azul e em que a utilidade das bandeiras muda de figura: já não vão ser utilizadas para delimitar ou marcar espaços, mas para “marcar” obras artísticas individuais “que desafiam a recepção codificada e linear”. A ideia surgiu do pensamento de querer fazer algo “novo e diferente”, disse Miguel ao PÚBLICO. A par disso, salientou que “sempre lhe interessou esta questão do espaço público como afirmação do território” e da utilização de mastros como suporte para obras.
São trinta obras nacionais e internacionais criadas especificamente para a exposição e o objectivo é claro: dar voz aos artistas. Isto porque, como salientou o curador da exposição, “os artistas têm um espaço público muito limitado relativamente a anos anteriores” e, por isso, pretendem"realçar a importância dessa visibilidade pública com a exposição nestes edifícios icónicos mesmo porque, por si só, têm relevância para a cidade”.
Há um percurso já delineado, com passagem, por exemplo, pela Culturgest Porto, o Orfeão Porto, o Ateneu Comercial ou a Ordem dos Arquitectos, e quem assiste à exposição pode utilizar uma app que o “guia” e mostra os edifícios pelos quais deve passar para não perder nenhuma obra, estando disponível para iPhone e Android.
Para delinear um percurso, o grande objectivo foi que “o contexto geográfico não se alargasse muito e se circunscrevesse ao centro da cidade”. No fundo, o critério fundamental foi criar um espaço de acção que envolvesse a cidade e edifícios importantes, tendo em conta que à partida “os edifícios com mastros têm relevância”.