Costa diz que novo Governo foi “reforçado politicamente”
Posse do novo Governo será a 22 ou 23 de Outubro. Costa tem 19 ministros, cinco deles estreantes em funções.
Não chegou a uma hora a reunião entre António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa, para que o primeiro-ministro apresentasse formalmente o novo Governo ao Presidente da República. No final, disse aos jornalistas que a nova equipa terá “melhores condições” e será por isso “mais reforçada politicamente tendo em conta os resultados eleitorais”.
Para o primeiro-ministro, houve um “reforço do centro do Governo” com novos ministros de Estado e dois novos ministérios.
António Costa afirmou que o Governo tem um elenco e uma estrutura muito semelhantes ao que estava em funções desde a remodelação governamental de há precisamente um ano, mas está agora, depois das eleições, “mais reforçado politicamente, numa lógica de continuidade”. As diferenças, afirmou, prendem-se sobretudo com os quatro objectivos estratégicos.
O primeiro-ministro afirmou que estão agora criadas as condições para que a posse de toda a equipa governamental aconteça na próxima semana, na terça ou na quarta-feira, sempre no dia seguinte à primeira reunião da Assembleia da República.
Quanto às alterações que efectuou na orgânica do Executivo, o primeiro-ministro explicou que elas correspondem aos quatro objectivos estratégicos que definiu: as alterações climáticas, que ficam no Ministério do Ambiente, a transição digital que está a cargo do Ministério da Economia, as desigualdades e o desafio demográfico, que serão competência da ministra da Presidência.
Uma das pequenas diferenças na orgânica, mas bastante notada é o facto de Duarte Cordeiro não subir a ministro dos Assuntos Parlamentares, num mandato que pedirá muita negociação no Parlamento. Questionado sobre esse assunto, Costa respondeu que essa pasta “tem toda a importância” e por isso é que Duarte Cordeiro ficará, neste novo modelo, como secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e não acumulando com o trabalho de Adjunto do primeiro-ministro. “Para ter maior concentração nessa área”, afirmou.