Abstenção atinge recorde em legislativas

Estas eleições tiveram menos 288.027 votantes do que o escrutínio de 2015.

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Nuno Ferreira Santos

Há cada vez mais portugueses que optam por não escolher como querem ser governados e representados na Assembleia da República. Este é um número que não pára de aumentar desde 1979. Neste domingo, mais quatro milhões e 250 mil pessoas não se deslocarem à mesa de voto onde estavam recenseados (45,5%).

Em relação às últimas legislativas as mesas de voto por todo o país receberam menos 288.027 votantes, mais do que todos os habitantes do concelho do Porto.

Os apelos para reduzir a abstenção não tiveram efeito, apesar do recorde de partidos concorrentes a estas eleições. Se falta de opções não era desculpa, com 21 forças políticas a escrutínio, a falta de vontade de participação voltou a aumentar.

Os Açores foram o círculo eleitoral onde as mesas de voto tiveram menos eleitores, sendo Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel (Açores) a ter o recorde de maior abstenção. No concelho 70,37% dos 10.588 inscritos optaram por não ir votar nestas legislativas.

Nestas eleições registaram-se ainda 129.599 votos brancos (2,54%) e 88.539 votos nulos (1,74%).​

Estas também foram as primeiras eleições legislativas depois do recenseamento automático dos portugueses no estrangeiro. Os números da participação eleitoral destes eleitores só serão conhecidos nos próximos dias, estando recenseados além fronteiras perto de dois milhões de eleitores

Em relação ao acto eleitoral anterior - as europeias de 2019 - a abstenção acabou por cair 23,77 pontos percentuais dos 69,27% registados em Maio.

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