Facebook suspende milhares de aplicações por preocupação com privacidade dos dados
Rede social analisa de que modo estão a ser utilizadas informações dos utilizadores. Investigação teve início em Março de 2018, após o escândalo da Cambridge Analytica.
Esta sexta-feira, o Facebook anunciou a suspensão de “dezenas de milhares” de aplicações, enquanto investiga as formas como os programadores e as empresas utilizaram os dados dos utilizadores.
A investigação foi iniciada pela empresa em Março de 2018, na sequência do escândalo Cambridge Analytica, abrangendo agora milhões de aplicações.
O Facebook esclarece em comunicado que há cerca de 400 programadores envolvidos na produção das aplicações eliminadas, adiantando que muitas nunca chegaram a estar activas — encontravam-se em fase de testes — e, por isso, nunca representaram uma ameaça para os utilizadores da rede social.
Esta monitorização apertada mostra a importância do caso relativo à Cambridge Analytica, empresa de consultoria britânica que utilizou uma aplicação para compilar milhões de dados de utilizadores de Facebook, sem o seu consentimento, para fins políticos, nomeadamente para auxiliar a campanha que, em 2016, resultou na eleição de Donald Trump para a Casa Branca.
Em Julho, o Facebook concordou pagar cinco mil milhões de dólares (4537 milhões de euros) à Comissão Federal do Comércio dos EUA (FTC, na sigla inglesa) para colocar um ponto final às investigações criminais das várias falhas de privacidade encontradas nesta rede social.