Facebook suspende milhares de aplicações por preocupação com privacidade dos dados

Rede social analisa de que modo estão a ser utilizadas informações dos utilizadores. Investigação teve início em Março de 2018, após o escândalo da Cambridge Analytica.

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Reuters/Stephen Lam

Esta sexta-feira, o Facebook anunciou a suspensão de “dezenas de milhares” de aplicações, enquanto investiga as formas como os programadores e as empresas utilizaram os dados dos utilizadores.

A investigação foi iniciada pela empresa em Março de 2018, na sequência do escândalo Cambridge Analytica, abrangendo agora milhões de aplicações.

O Facebook esclarece em comunicado que há cerca de 400 programadores envolvidos na produção das aplicações eliminadas, adiantando que muitas nunca chegaram a estar activas — encontravam-se em fase de testes — e, por isso, nunca representaram uma ameaça para os utilizadores da rede social.

Esta monitorização apertada mostra a importância do caso relativo à Cambridge Analytica, empresa de consultoria britânica que utilizou uma aplicação para compilar milhões de dados de utilizadores de Facebook, sem o seu consentimento, para fins políticos, nomeadamente para auxiliar a campanha que, em 2016, resultou na eleição de Donald Trump para a Casa Branca.

Em Julho, o Facebook concordou pagar cinco mil milhões de dólares ​(4537 milhões de euros) à Comissão Federal do Comércio dos EUA (FTC, na sigla inglesa) para colocar um ponto final às investigações criminais das várias falhas de privacidade encontradas nesta rede social.

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