Câmara de Lisboa volta a dar isenção de taxas ao Rock in Rio
Autarquia justifica decisão com as “mais-valias significativas” decorrentes da “divulgação da cidade de Lisboa, a nível nacional e internacional”.
Tal como já aconteceu em todas as edições anteriores, também em 2020 e 2022 o Rock in Rio não pagará taxas à câmara de Lisboa. A proposta, que a autarquia aprovou em Julho e esta terça será discutida na assembleia municipal, prevê uma isenção a rondar os 3 milhões de euros por cada edição, um valor semelhante ao de anos passados.
No documento que levou a votos, o vereador Sá Fernandes salienta que, nos últimos 15 anos, o Rock in Rio “significou um investimento de 200 milhões de euros em Portugal, tendo gerado mais de 73 mil empregos, entre directos e indirectos”. Além disso, escreve o responsável pela Estrutura Verde na autarquia, a organização do festival doou “cerca de 4,5 milhões de euros para causas sociais e ambientais”.
A componente ‘verde’ do festival é também salientada na proposta: “Todos os resíduos do evento são hoje reciclados ou valorizados, não restando resíduos que sejam levados para aterro”.
“Na edição Rock in Rio Lisboa 2018 foram publicadas mais de oito mil notícias nacionais e 70 em meios internacionais de grande relevo, como o Independent, The Telegraph, Daily Express, Time Out London, The Sun, entre muitos”, sublinha ainda a proposta de Sá Fernandes, considerando que isso contribuiu para a “divulgação da cidade de Lisboa, a nível nacional e internacional, com mais-valias significativas.”
O protocolo assinado entre a câmara e a Better World, empresa que organiza o Rock in Rio, contempla a realização de eventos em quatro anos, entre 2019 (a festa dos 15 anos, já ocorrida) e 2022, ano em que decorrerá a 11ª edição do festival no Parque da Bela Vista. Como contrapartida pela isenção das taxas, a empresa tem de divulgar, no recinto e nas edições fora de Portugal, a realização de Lisboa Capital Verde Europeia 2020 e Lisboa Capital Europeia do Desporto 2021.
Tal como vem sendo hábito em votações passadas, a proposta de isenção foi aprovada com os votos favoráveis de PS, PSD e CDS e os votos contra de PCP e BE.