Helicóptero da Protecção Civil caiu quando estava a descolar. Há um ferido ligeiro
O helicóptero sofreu “danos materiais significativos” e já foi substituído por outra aeronave.
Um helicóptero ligeiro da Protecção Civil sofreu um acidente esta quarta-feira em Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra, quando se preparava para combater um incêndio em Proença-a-Nova no distrito de Castelo Branco.
O Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra confirma ao PÚBLICO que o aparelho caiu durante a descolagem, no Centro de Meios aéreos da Pampilhosa da Serra. “Tinha sido accionado para ir combater um incêndio no distrito de Castelo Branco”, conta uma responsável pelo CDOS.
O acidente, não tão grave quanto se chegou a pensar, causou um ferido ligeiro. “Neste momento está a ser assistido”, confirma a mesma fonte do CDOS de Coimbra.
Na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, confirmou que o ferido ligeiro é um militar do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS). “Está em avaliação clínica”.
No local estão cinco viaturas, quatro dos bombeiros da Pampilhosa e uma no INEM.
O Centro de Meios Aéreos da Pampilhosa tem fixo, durante a fase mais crítica de incêndios, um helicóptero ligeiro. Por norma, quando estes helicópteros são accionados para combater incêndios, levam uma equipa de cinco militares do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro, da GNR, para o ataque inicial.
Outra das garantias dadas pelo ministro é que até ao final da manhã, a empresa irá substituir o helicóptero, o que se confirmou pela hora de almoço: “Já foi substituído por outro meio aéreo da mesma tipologia a operar a partir do Centro de Meios Aéreos da Lousã, enquanto estiverem a ser apuradas as causas do acidente”, lê-se num comunicado da ANEPC.
A aeronave deverá ser operada pela empresa Helibravo, que ganhou o concurso para os helicópteros ligeiros da protecção civil. O helicóptero acidentado sofreu “danos materiais significativos” e vai ser “substituído nas próximas duas horas”, indicou a Protecção Civil, numa resposta à Lusa.
O que aconteceu esta manhã, pelas 10h50, será depois avaliado pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAAF), mas ao que o PÚBLICO apurou terá sido uma “ressonância de solo”, um problema que acontece devido à vibração da aeronave quando esta se prepara para descolar. Além do inquérito habitual, a Protecção Civil vai abrir um inquérito para apurar as causas da queda do helicóptero, disse à Lusa fonte da ANEPC.
Em fotografias que circulam nas redes sociais, o helicóptero ligeiro está tombado no chão, ainda dentro do perímetro do Centro de Meios Aéreos, com as pás destruídas.
Com este acidente, contabilizam-se pelo menos quatro desastres com helicópteros de combate a incêndios durante este ano, depois de se terem registado situações em Tomar, distrito de Santarém (Castelo do Bode), na barragem do Beliche, no Algarve, e no Sabugal, distrito da Guarda.
Nota: Notícia actualizada às 14h21 com informação da substituição da aeronave.